sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os caminhos tortuosos do coração...

Perdida em meio às constantes dores que me aflingem o corpo, senti no coração a dosagem maior de reverberação. Como o corpo aguenta tanto e esse meu músculo, tão frágil, pouco suporta? Não sei...afinal, tanto já levou de tranco, aos poucos bate com menos força...

A cada pontada de entranha latejante, um sorriso: eis-me aqui, forte, tão forte, tão forte para tantos que, diante da vitalidade de Atlas, ninguém repara que, por trás da alavanca existe uma sutil alma, leve, etérea e que se cansa...

Sim, estou cansada...apenas cansada, absurdamente cansada. Apenas por um dia, cansada. Por que tão cansada assim? Minhas olheiras já não mais no rosto espaço para se instalarem. O rubor de uma face sadia, há tempos, foi-se em direção do pálido gélido de alguém que está murchando, como uma flor que, aos poucos, sabe do seu fim.

Caminho diante do desconforto dos dias que se seguem, acobertando-me de intransigências pactuadas com minha própria alma. Que alma? Aquela que saiu de férias e ainda não retornou ao seu trabalho, a mesma que deseja viver num constante parque de diversões.

Acabou, será que não percebo? Acaba-se dia após dia no primado de uma corrente de escárnio diagnosticado como quimera de um idílio, nunca amoroso, pois, enfim, nunca vi amor matar tanto. Sim, talvez não perceba o que está posicionado bem diante do meu nariz...nada, além de cartilagem!

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