terça-feira, 16 de julho de 2013

Ciclos e giros na roda que não pára...

Estou recolhida em casa e o silêncio tem sido ultimamente minha melhor companhia em tempos de renovação e troca de pele. Depois de um ciclo de realizações foi chegada a hora de mudar os rumos de minha vida para o abraço de novos planos e rumos. 

Lembro-me da árvore celta do renascimento a marcar tantos ciclos e etapas já experienciadas nesses meus dias terrenos. Indo e vindo componho a estrada com aventuras das mais inusitadas, todas firmadas no descobrimento de histórias que, ao final, vão se somando em largos passos de gratidão.

Sou GRATA! 

Diante do inevitável final de ciclo de um trabalho a única palavra que veio à mente foi um sibilante OBRIGADA à ancestralidade que sempre me acompanha nessa trajetória. Tanto aprendi! 

O bastante para não olhar para trás, mas, antes, reverenciar os momentos passados - um ciclo de seis meses, tal qual o braço de um triskelion - com os olhos marejados por tantas lágrimas que estão a lutar insistentemente com a gravidade.

Acho que vou me render, ao final, à queda e aproveitar o momento para purificar-me - afinal, o que são lágrimas que não o transcurso dadivoso da água a limpar o caminho por onde quer que passe...

Sigo, enfim, a jornada fascinante do viver com a certeza de estar no caminho certo porque, afinal, qual o caminho que não é certo? Apenas aquele que não nos atrevemos a seguir. Tudo é aprendizado quando, depois, olhamos o passado sem a dor da memória emocional que pode insistir em mandar lembranças.

Tudo passará, até mesmo a dor que vem e vai no balanço da frustração sob a qual sou a única senhora de mim. Expectativas acarretam frustrações, bem sabemos, mas, o que fazer? Viver, ora, a profundidade do que o sentimento traz de superação. Quando voltamos disso reconhecemo-nos mais fortes, firmes e digno/as. 

É muito bom caminhar sobre as mansas águas da honorabilidade!! 

Esse é o sentido misterioso de um ciclo que se finda e traz, de plano de pronto, mais outro que, dali adiante, comporá nossa abençoada sina de experiências. É isso que advirá no momento em que nossos olhos terrenos cerrarem-se para esse plano. É isso que deixaremos para trás quando os olhos da alma abrirem-se, enfim, para saudar o Infinito!

Deixo um momento especial em minha vida saudando o desconhecido que, mais uma vez, abre-se para o passo largo que insisto em dar...

Blessed be!