sábado, 23 de julho de 2011

Por detrás do arco-íris...

Da ponta de um arco-íris parte a volta de uma opção. O pote de ouro encontra-se atrás de um monte ainda não revelado, cuja certeza, porém, está descrita dentro de mim, como jornada de recomposição de uma parcela do Eu que insiste em se apegar a uma corda no mundo, enquanto outra, mais lânguida, segue confiante o caminho uno, consigo.

Uma andarilha se desespera; outra se desopila. E, dando-se as mãos, elas se abraçam e, depois do afago, descobrem que são uma só alma, viajando rumo à descoberta do ouro que sobeja ao final espectro multicor do arco-íris deperto.

E no vai-e-vem dessa roda, tantas vezes cantada em ciranda, tempos vêm e vão, repetindo-se os medos que, pouco a pouco, saem descobertos da mente que os abafou por tanto tempo!

E quanto mais a menina-moça se lança na compreensão de sua pueril percepção do mundo, mais o cume se mostra tangível aos olhos de seu coração, pois ela acaba, por fim, descobrindo, que não precisa muito mais do que já tem... a si, em toda sua plenitude de imperfeita incongruência.

Ela se levanta e se lança, novamente, nas sagas de reinvenção de si. O mundo, para ela, é ela no mundo, numa miscelânea bonita onde a criação cria...e a geração espontaneamente se perfaz... Ave!

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