quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Florais de Bach: a singeleza de um sistema de autocura e autoconhecimento

Fonte da imagem: http://www.florais.com.br/wp-content/uploads/2014/07/EB.jpg
Os florais de Bach têm uma história muito bela e apaixonante, resultado de uma vida de dedicação de um ser que se dedicou ao estudo desse sistema singelo: Edward Bach, médico inglês que, muito sensível à amorosidade que via nas flores, iniciou sua mudança paradigmática da ciência oficial em 1929, voltando-se para as terapias ditas orientais e alternativas. 

Para ele, cada pessoa é um organismo distinto, pois a mesma patologia pode acarretar respostas distintas em pessoas distintas, de modo que buscou focar no SER, e não na enfermidade, o vetor do tratamento, eliminando, assim, a dependência.

A partir da mesma ideia da homeopatia, Bach entendia que a doença era decorrência do conflito entre a alma, a mente e o corpo, desencadeando um estado desarmônico entre alma e personalidade, em virtude das imperfeições mentais e emocionais geradas em nível de ego. 

Com isso, a doença tinha uma funcionalidade: trazer o aprendizado para a alma, apontando o que o ego precisa aprender com o desafio para harmonizar o sistema alma-personalidade. Para ele, a lei dos opostos era a chave de compreensão e superação da doença, na medida em que se substituísse a negatividade pela virtude. 

Entre 1930 e 1934, Bach catalogou e estudou 38 essências, saindo da cidade para o interior da Inglaterra, sobretudo na vila Cromer, costa de Norfolk. Realizou uma cartografia, por meio da análise botânica, feita a partir das gotas de orvalho que se depositavam nas plantas (flores e folhas), inspirando-se na dinâmica das abelhas em sua atividade polinizadora. 

Assim, publicou o pequeno livro Os doze remédios (1930), seguido por Cura-te a ti mesmo (1931), consolidando o sistema Bach a partir da percepção de que cada essência colhida do orvalho direciona-se a uma personalidade distinta. 

Com isso, o buquê de florais de Bach consideram a miríade dos estados emocionais, a partir das personalidades dos indivíduos (trate a personalidade, e não a doença, dizia Bach). 

A terapia floral demanda um mergulho em nossa psiquê, num diálogo com nosso anseio maior de alma, para que possamos auscultar nosso coração, dele extraindo nossos anseios e desafios mais profundos. 

Nesse processo, o terapeuta é um coadjuvante, pois o indivíduo (não chamo de paciente) é o protagonista, quem, ao final, oferece a chave do poderoso conhecimento sobre seu próprio estado de alma, de modo a articular a melhor combinação de florais, reunidos em grupos específicos: medo, incerteza, falta de interesse pelas circunstâncias atuais, solidão, suscetibilidade e influência, desânimo e desespero, preocupação excessiva com o bem-estar dos outros

A partir da conjugação entre sensibilidade, intuição e reflexão, terapeuta e indivíduo compartilham um momento ímpar de desvendamento dos processos internos e aparentemente inacessíveis e que vêm à tona quando a anamnese é realizada. 

Seja pela prospecção nas respostas às perguntas sobre o estado de alma ou, ainda, por outros mecanismos de revelação do estado de desequilíbrio, terapeuta e indivíduo, em conjunto, elaboram uma atmosfera propícia a estimular o ego a ascender e vibrar em consonância com padrões positivos do Eu Superior. 


Bach florais
Fonte da imagem: https://www.iquilibrio.com/blog/terapias-alternativas/florais/florais-de-bach/
Cada pergunta na anamnese encaminha o indivíduo a parar, respirar, olhar bem fundo no espelho de sua alma e se descobrir, já que é estimulado a refletir sobre suas dores, seus desalentos, bem como sobre o que mais lhe aflige seu estado anímico.

Com isso, por intermédio da prescrição da fórmula, indivíduo começa a se observar mais e melhor, imergindo em seu universo sutil consciencial, para que possa, por conta própria, internalizar sua cura, sem que o processo se converta em uma relação de dependência com o terapeuta. 

Quando iniciei minha jornada de autoconhecimento, mergulhei nesse processo de compreensão das inquietudes presentes em minha alma, por intermédio da prescrição de fórmulas para que pudesse, pouco a pouco, observar os anseios mais profundos, bem como os desafios e os obstáculos. 

Tem sido um caminho muito gratificante, pois, a partir da tomada de consciência em relação às minhas reais necessidades, comecei a compreender melhor meu papel no mundo, bem como na vida das pessoas, podendo, hoje, ajudar também quem está se lançando nesse percurso. 

O resultado, como não poderia deixar de ser: PLE NI TU DE.

Precisamos de mais? Não creio, pois o estado de plenificação da alma já preenche e edifica, aproximando-nos de Deus e nos fazendo transbordar de AMOR!!!