domingo, 12 de junho de 2011

Hoje acordei com raiva...

Abri meus olhos hoje e, ao primeiro raio de Sol, olhei para meu lado e a vi, deitada em minha cama, prostrando-se a me olhar. Sorriso irônico nos lábios, parecia me dizer "não falei? Não adianta me repudiar com leprosa, pois estou aqui ao seu lado".

Virei de lado, tentando buscar um espaço para fugir da minha cama. Revirei-me na vã esperança de ser uma ilusão aquela pessoa deitada ali a se deleitar em cima de meu sofrimento. Não consegui e, não conseguindo, voltei-me para ela e decidi enfrentá-la...

Ela é a raiva... um sentimento do qual temos, usualmente, vergonha, mas que nos acompanha tanto que, não-raro, parece ser umã irmã xipófaga cuja apartação de nosso corpo traz a morte certa.

Por que, então, recalcamos tanto a Raiva? Afinal, ela é o termômetro - muitas vezes - do que dentro de nós é mais sagrado. O que é ou pode ser vilipendiado, muitas vezes. Afinal, se não existisse a medida da dor presente na Raiva, muito pouco saberíamos a respeito do que é relevante para nossas vidas e existências.

Por que neguei tanto essa moça que insiste em dormir ao meu lado?

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