É importante vivenviar o fim, num ritual místico de pleno adeus, para que os ciclos se completem - de maneira serena - hábeis o bastante para não mais olharmos para trás.
Olhar para trás? Sim, nada tem de sentido numa espiral que se projeta para novas experiências num devenir que, a bem da verdade, pouco dele sabemos, a não ser que existe algo, que seja...
O adeus, assim, adquire o verdadeiro significado de um medieval réquiem, onde o sepulcro, quem sabe, confina o que, um dia, chamou-se amor.
Quando um "grande"amor morre, sabemos não se tratar do amor, mas da percepção de sua vivência segundo os encontros e desencontros dos amantes que se despedem. O sentimento encontra-se vívido, mas o desiderato de vivenciá-lo, não mais, concretizando, assim, o projeto inacabado de amor transcendente.
Cerimônias de adeus marcam, com isso, ritos de passagem de amores que vão e vêm, a deixar marcar indeléveis na alma, mas com a sensação de plena gratitude pela experienciação da grande chama sagrada do fogo - mesmo fogo que hoje destroi - o mesmo fogo que antes alimentava os corpos reluzentes dos amantes se doando.
É um fim alegre...
Olá Alessandra!
ResponderExcluirNa vida são tantos adeuses...
Se cada adeus fosse consciente seria muito mais fácil virar a página! (sorrio)
Convido para que veja e comente o meu Armelau no http://jefhcardoso.blogspot.com/
“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)