sábado, 28 de agosto de 2010

Sinais são sempre sinais

Estamos imersas num lindo mundo simbólico...
Das garrafas de cerveja que lembram curvas sinuosas de mulheres irreais, apenas ali dispostas para, como o néctar dos bárbaros, serem "sorvidas" numa degustação de happy hour...
Das teorias que nunca se cansam de sempre falar sobre falo, vagina dentada e tudo aquilo que possa nos remeter, olhando um lindo arbusto, para um "império peniano".

Ou, ainda, da estátuas militarizadas de Justiça dispostas em praças que, grosso modo, seriam destinadas ao púlpito a céu aberto, para que o povo pudesse ali firmar sua cadadania.

O mundo é um mar aberto de símbolos. O pentagrama remete à Deusa, mas, se estiver de ponta-cabeça, já não mais nos leva à deidade elevadora, e sim, "aos cadafalsos dos Ínferos", de Baphomet a Belzebu, de Lilith a Lúcifer caído.
Mas, ah, sim, a estrela de seis pontas "é do bem", porque remete à saga dolorosa e redentora do povo judeu, orgulhoso de si e de suas relações com Deus.

O olho de Hórus nos leva, o olho de Thundera também.

Todos os símbolos expressam conteúdos latentes e imemoriais que estão no Cáucaso etéreo por um tempo que se perde de vista.
Estão embalar a mente e o coração de quem atribui a eles informação hermética, silenciosa e, sobretudo, mágica.

Saber olhar e sentir os sinais é importante para a conexão a essa grande rede de informações que estão distante da mente racional, mas próximas à linguagem da emoção e, sobretudo, do espírito.

Quantas vezes já negligenciamos os sinais que a vida e nós, damos às nossas almas?

Quantas vezes insistimos por um caminho que, internamente, sentimos e sabemos (melhor, sabemos PORQUE sentimos) que nos trará alguma dor?

Quantas vezes, por outro lado, quando tudo e todos nos apontam desacertos, pegamos o atalho de nossa intuição afinada com os sinais e, lá na frente, encontramos nosso especial "pote de outro"?

Quer seja na dor de uma escolha natimorta, ou, ainda, na alegria de um insight que nos eleva, tudo isso está relacionado aos sinais e, com isso, tudo expressa nossa intuição. Apenas precisamos mais acuidade e fé no que sentimos, deixando de lado a mente que sabota a alma e, com isso, lançando-nos nos abismos outrora desconhecidos.

Os sinais estão presentes em nossas vidas porque estão presentes no mundo, na maneira como ainda mantemos - mesmo diante de tanta tecnocracia e de tanto ceticismo - uma providencial "mágica no ar". Dizem que os deuses morrem quando não mais acreditamos neles. Quando foi, então, que perdemos a capacidade de acreditar no que os sinais nos revelam?

Quando a mágica e sua alegria cederam espaço para a austeridade da descrença?

Não sei, ao certo, mas sei e sinto - de novo, SEI PORQUE SINTO - que está tudo bem diante de meus olhos astrais, da porta de entrada para a contemplação de um magnífico mundo de múltiplas dimensões, onde os edifícios monumentais são construídos pela minha consciência. Cada tijolo e cada janela, cada rodapé e cada escada, partem do vasto recipiente de informações que trago de tantas outras vivências.

Basta me abrir para o mundo de magia e a mágica dos sinais se concretiza, no aqui e no agora.

Hey ho!

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