quarta-feira, 7 de abril de 2010

De Feyerabend a Capra: uma "pancada" no método

Estudar Física tem uma grande vantagem, principalmente se for Física Quântica: metodologia anarquista passa a ser uma opção "colapsada" que vem bem a calhar numa época de crise, em que os "modelos" (ou a insistência no apego a eles) é a marca maior do desespero da academia em firmar algum tipo de discurso para a manutenção dos nichos ideologizantes.

O conforto do anti-método (reconhecendo, porém, na oposição a reprodução indireta do modelo) traz uma paulada no processo de conhecer. Principalmente se o antagonismo ataca o reducionismo com que o determinismo newtoniano defuiu força para as ciências sociais depois fazerem a farra no Positivismo comteano que até hoje dá nos nervos (hehehe, a galera do Direito bola de rir, negando, mas o "método" de pesquisa do Direito é tão (ou mais) dogmático do que qualquer medição de quantidade de movimento ou gravidade! Dogmático por não se comunicar a priori com o campo (nichos sociais, políticos, econômicos), mas, antes, pretender - nesse mesmo apriorismo - compartimentar a realidade como uma forma de gelo tenta subverter a água...

Antigamente eu via Feyerabend, Capra, David Bohm, Amit Goswami, Danah Zoahr e outros e outras físicas apenas como referência epistêmicas nas ciências "exatas" (que nada têm de exatidão ante a complexidade sub-atômica, o verdadeiro cenário invisível onde se processa a vida. Mas, agora, olhando para o Direito com as lentes fenomênicas, percebo o colorido que a discussão do anti-método, ou não-método como uma opção de método, pode trazer.

Legal...

Nenhum comentário:

Postar um comentário