domingo, 5 de agosto de 2012

Sob o manto sagrado da devoção solitária ao Amor incontido!


Envolta por folhas, aromas e brumas cálidas, prostro-me à reverência do Sagrado, conectando-me à força telúrica que trouxe, de bom grado, o grande início de minha jornada. 
Passo a passo, pouco a pouco, um dia após o outro, perfilho o filete do Infinito que perpassa a imensidão entre o espaço vazio dos átomos de meu corpo e me jogo aos braços e abraços da solitude de mim para me encontrar! 
Ah, essa tal felicidade que me eleva até onde meus pés não mais se firmam e me fazem planar por entre espaços desconhecidos de mim mesma! Fazem irromper dentro do meu peito a chama do devenir não temerário, e, com ele, permitir-me amar a anonímia!!!
Ó, linda jornada infinda rumo ao apogeu da eternidade do Cosmos, bailando, enfim, junto ao meu querido coração!!! Eis o sentido pleno de amar, amar, amar!!!
Ó, coração vertido em júbilo, seara de uma infinitude que se plasma, pouco a pouco, em cada ponto longínquo de meu corpo, grandeza que se aloja no abscôndito recanto da minha alma e me assola a alcançar o que me é proibido!! 
Mas, enfim, o que é o amor senão latente e profundo estado de espírito que nos lança rumo às aventuras da entrega, na medida em que nos renovamos e renovamos nosso espírito, abrindo-nos para novas fronteiras.
Cada relacionamento - que se inicia e que se finda - coroa essa trajetória que, por sua vez, em cerra em si o processo contínuo da vida. A vida é, em si mesma, o amor, pleno. 
Por isso, sorrisos! Já amamos por nos permitir amar...a todo tempo!
Ainda que estejamos em tempos distintos, momentos distintos ou até mesmo em caminhos distintos, podemos ser - todas e todos nós - corações afins, sibilando em torno da mesma ideia de nos afeiçoarmos uns aos outros. 
Com isso, mesmo diante de mundos que se tangenciam, atravessam, amam-se e se vão, a coexistência profunda amalgama as almas, ainda que aparentemente imponha um fino véu de apartação. 
Ali, aqui, acolá, apartando-se e se unindo, vamos juntos, duas almas em estradas paralelas, orando para os deuses subverterem a geometria, e, com isso, as paralelas se encontrarem no INFINITO!

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