domingo, 1 de abril de 2012


Hoje é domingo, dia dedicado ao Sol e, com o findar do dia, o império da Lua se estabelece. Isso me faz sempre pensar no quanto tudo é muito fluido, efêmero até. Os dias passam e, num instante, o que era a certeza de perpetuidade, cede espaço à vastidão que uma nau atravessa em um ínfimo segundo...

Estou em núpcias sagradas comigo e com meus peculiares ritmos lunares. Tudo é Lua dentro de mim, produzindo infinita e secreta - pueril até - alegria, que apenas meu espírito pode angariar. Afinal, toda alegria assim o é apenas para quem a vive, ninguém mais. No atropelo do não saber de si nos lançamos a tentar sentir o que, de fato, não se sente: a alegria infinitesimal pertencente ao júbilo de fazer parte do Universo.

Em dias lúdicos como esse, adoro coloca no blog as janelas de alma que John Waterhouse abre em meu coração, permitindo-me vagar, sem atropelo, por aqui e por lá, percorrendo galáxias vastas e largas, coloridas e etéreas, onde inexiste espaço para as usuais limitações que insistimos em imantar como invocações de nossas vidas.

A Lua, ao céu, firma meu propósito, como Rainha digníssima em seu esplendor e glória, retrato fidedigno de um astro que se faz cônscio de si mesmo. No ir e vir de uma vaga avassaladora que amolda meu espírito, transpareço incessante em meu caminho de descobertas, para me lançar ao voo de vastidões implacáveis que nunca terminam. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário