sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Vôo

Dispersa em uma névoa reluzente encontro meu caminho em meio ao pó
Perdida e achada na imensidão dos que clamam ser o nada o Todo
volta e meia trago à luz a libertação de um ser em mim que se percebe só...
A vôo alto rompe a cancela da limitação do ser
E alcança o horizonte que se renova em flor...
Sobe e desce nas asas de anjos que se revelam
Envoltos em chama de puro amor.
Êxtase de abraços que se entrelaçam na ciranda do vir a ser
Preenchendo de cor a aquarela do trilhar
As fugas das mortalhas que ninguém quer ver
Mostram as sonatas que decidi criar...
Ó, humanidade bela e plena em seu caos atônito!
Tão cheia de brilho nas conjecturas do saber que não sabe de si...
Em meio a tantos atropelos para os outros...
Eis-me sempre aqui a me revelar assim.
Meu corpo reverbera em mil solitudes
Minha mente brilha o ócio de quem quer amar
Amam-me tanto por tão pouco
E ousam tão pouco a revelar!
Amor, sublime amor?
Manifesto de um simples gozo de pueril espectro
Cresçam, crianças, cresçam,
E se enfrentem no espelho das águas plácidas do narcisismo ingênuo.
Cresça, poetisa, cresça!
E voe cada vez mais alto alcançando, enfim,
a Imensidão!

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