sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sincronicidades e aleatoriedades...


Renascimentos sempre são comemorados na ocidentalidade porque marcarem ínicios e o frescor de novas alvoradas. Sem a noção de espiralidade, temos no renascimento a proposta de uma gênese, momento em que imbuídas de sementes, fazemos brotar na imensidão propostas diferentes dos caminhos que até então percorríamos.

A espiral, contudo, lembra da periodicidade invisível que parece "magicamente" guiar o mundo e os seres para novas roupagens de mesmos processos internos, acenando para alguns colapsos quânticos em que as superações são observadas e vividas por quem se permite extrapolar os limites da previsibilidade.

A vida quântica traz o processo visceralmente repetitivo, o padrão a ser superado pela transcendência na escolha. Quando olhamos ao redor e temos a sensação de viver "a mesma história", nossa alma afinada com o Todo avisa que ali nossas lição está posta.

Não há motivos para não se lançar rumo so desconhecido porque, de fato, os processos nunca são desconhecidos ou incogniscíveis: podem ser provisoriamente incomprendidos ou não internalizados.

Mas assim que a alma fareja a cena-que-se-repete, um mundo de escolhas se abre bem diante de nossos olhos e, como uma moldura que reúne várias pinturas coexistentes, podemos escolher pintar nossa tela individual com várias dessas matizes.

Podemos até reproduzir - ou tentar - aquela pintura que ficou para trás. Mas, de uma maneira maravilhosamente bela, nunca damos as mesmas pinceladas e, com isso, o que seria a repetição passa a ser a reformulação do arco-íris de nossa alma.

Sinto no ar o fechamento de um grande ciclo de "eternos retornos" em minha trajetória.

Cada retorno com sua possibilidade, o potencial de realização de uma vasta gama de escolhas. E, dentro delas, a partir delas, a compreensão de uma imensa paz que começa a se irradiar dentro do peito e da alma, para alcançar a conexão com parte de mim que outrora jazia sufocada pela planificação da minha identidade retesada e contida.

Sou...

Sou...

Estou...

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