U + topos, a negação da localidade, a marca da não-localização no plano da idéia.
O projeto inacabado, em plena construção e inatingível.
Sempre que falamos em utopia, lembramos de projetos, planos, metas que estão mais distantes de nossa realidade, sendo, quase sempre, objetivos colocados como standards que têm a função de servirde modelo para que, um dia, esse ideal possa se converter em realidade.
Porém, quando o projeto utópico se converte na ação cotidiana presente em realizações, ele deixa de ser não-local e passa para a dimensão da plurilocalidade.
Hoje vi, por instantes, um projeto u + tópico coexistindo com sua dimensão quântica de plurilocalidade: ontem a professora de yoga levou uns biscoitos para casa dentro do pote de vidro, ficando de devolver o pote na prática de hoje.
Daí, saí consideravelmente com fome de lá e eis que a moça devolveu o pote, recehado de um bolo muito bom, fofinho, feito com triguilho (que nunca havia comido antes), canela, cardamomo etc.
Eis o paradoxo heisemberggninano (não-local e plurilocal): pensei, por instantes, em como seria o mundo se as pessoas fizessem trocas! Sim, voltássemos a nos aproximar uns dos outros pelo aconchego do abraço amigo, preparando alimentos, almoços, trocando pães (até preciso fazer o pão dela! Eita!).
É paradoxo porque é visto de maneira preconceituosa em relação à valoração de como seria o escambo (impossível, para alguns ECAnomistas, delírio para um senso comum individualista e consumista que, afinal, prefere sempre o bolo de caixinha porque não necessita do ingrediente que a vizinha tem). Mas, ao mesmo tempo, é real, porque, afinal, aconteceu! E acontece!
E é MA RA VI LHO SO esse acontecimento!
Isso é COMPARTILHAR!
Não haveria tanta fome no mundo se aprendêssemos uma simbiose de compartilhamento, na qual a equação é plenamente satisfeita com a troca equânine (não necessariamente taliônica).
Independentemente disso, valeu, Priscilla, pelo bolo, porque a fome foi apascentada... Eis o sentido de dividir!!!
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