segunda-feira, 3 de maio de 2010

No contra-fluxo do mundo!

É segunda-feira e há tempos não sei bem distinguir uma segunda-feira de um domingo, porque os dias têm sido de imensa desarticulação dos condicionamentos e providenciais esquecimentos de modelos pré-fabricados de calendário julianos. O tempo, no caso, é o descondicionamento mais visível no momento, por conta da minha disposição em me assenhorar da minha vida, dos meus atos e, com isso, acordar com o alvorecer e adormecer nos braços da Lua.

Como poderia estar mais feliz?

Enquanto os carros saíam atônitos para o retorno ao trabalho, rumei feliz na maciez de uma estrada sem pressa ou destino. Olhei as paineiras ao redor, já que essa é a sagrada época das paineiras, seguidas, depois, pelos ipês-roxos e, ao final, beirando a primavera, os amarelos. Essa ordem relógio algum pode captar, pois apenas os olhos e o coração de quem se liberta pode entender o que é olhar e ser parte de uma flor de paineira...

Fiz compra de mantimentos de maneira calma e consciente, lendo cada rótulo, checando a origem dos produtos e me conectando ao que estava fazendo é sempre muito bom! Não fui ansiosa pela promoção que tudo vende, nem pelo desalento de achar que o mundo está acabando e que, com ele, preciso de um fardo de arroz de 30 quilos.

Definitivamente estou no contra-fluxo de um mundo caótico, mas na mão harmônica do Universo da minha vida integrada ao holos. Não existem horas, meses, apenas os momentos, quase sempre (sempre!) de deleite e descontração!

Trabalho? Não no sentido marxista da palavra, pois não é minha intenção vender minha força interna - o que trago de mais puro em mim - para um sistema que me repassa pobreza e desigualdade. Aqui em casa deleite, prazer e dedicação relacionam-se a tudo que faço e, com isso, tanto passo horas e horas estudando, como, também, laborando autonomamente.

O mundo não acabará se eu priorizar as questões que me são agradáveis, pois, ao final, faço sempr tudo com bom grado e até mais feliz, por haver coordenado e controlado meu tempo! Que tempo? Isso não existe!

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