domingo, 29 de maio de 2011

Fonte: http://acqua.files.wordpress.com/2008/03/cartas-thumb.jpg


Sempre tive nos escritos uma forma de eternizar os melhores momentos da vida, talvez, por pensar, no fundo da minha alma - que insiste em ser romântica – que as palavras ditas ao vento sopram uma efemeridade que se esvai, enquanto o registro delas, quem sabe, pode dar a sensação de alguma permanência.

Tenho sempre uma grande ânsia de conter o tempo, pois, mesmo que seja considerado “Senhor da Razão”, para mim, internamente, ele marca o fim. Alias, mesmo sabendo que a extinção é a única certeza na vida (ou na morte?), procuro, vivendo tão intensamente minhas experiências, ludibriar os finais de ciclos.

Escrever, dentro desse afã, é a forma mais serena que encontro para imortalizar o que é verdadeiramente importante para mim, as pessoas que amo...

Além disso, penso que as cartas de amor sempre perpetuam as histórias de encontros e desencontros, transformando presente em passado, futuro em presente, passado em futuro. Eis-me aqui, então, escrevendo, lutando contra o tempo e imersa num lapso infindo entre o que é presente para mim, a se converter em pretérito no exato instante em que alguém se debruçar sobre cada uma das linhas do que escrevo.

É a eternização dos momentos que me impele a guerrear com o Tempo!

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