quinta-feira, 10 de junho de 2010

Gira o mundo, gira a roda... e o ser?

Viver é a arte sacral de se assumir e impactar menos pelos condicionamentos sociais, culturais, religiosos (institucionais)... Isso é arte!

Mas, quantos e quantas de nós estamos dispostos e dispostas a ser "artesãos e artesãs" no mundo? Ao contrário, sufocamo-nos em nossos falsos ídolos, buscando alento em teorias, religiões e toda sorte de placebo existencial, que anestesiam nossa potencialidade crítica em focar nossas mazelas.

Buscamos transcendência, anulando o ser-em-si e, com isso, não sabendo nada sobre nós, apreendemos fórmulas mágicas que algum guru, pastor, padre, pai-de-santo, sacerdote, swami etc. reproduzem...

E como observar a efemidade dos postulados exotéricos? Basta apertar um botão, do EGO, para a alegoria dármica se dissolver no ar, em pleno ar. O sorriso cálido, nesse momento, transforma-se em amargura do franzir de testas.

Quanto é preciso retirar de véus para enxergar a simplicidade do ser?

Não sei, mas sei que, enquanto isso, eis-me aqui, a Louca ensandecida, que é tida como excêntrica...Bem-vinda a bem-aventurança de ser Louca?


BALADA DO LOUCO
- Mutantes -
"Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz"

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