quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ode à hipertrofia de uma estrela

Redoma infinda que ao menor toque se rompe
Na força pretensa de uma voraz armadura
No alento de um coração cercado de espinhos indômitos
Fornalha sórdida do que não é mais dito
Encerra, bruta, o enternecido
Caminha, ao fim, para o que é inevitável: vida!

Mito? Fito? Dito?
Conflito em jugo no céu em rompante
Mina em pó, oscilante
Degredado lar de formosas calcificações
Escrito? Tangência medíocre que o boçal emperra
Palavras doces, energia etérea
Quiçá bandida de todas as intermináveis eras

Eis a pedra que lacera a alma
O limiar da sanidade em meio ao sórdido
Esconde-se aos poucos
Da própria sorte
Em meio a tanto ainda a ser descoberto...

Fui..
Serei...
Já se foi
Aquilo que vinga já não mais sibila
Vivificou-se em túmulos escondidos
Viveu e se esvaiu sem bem querer...
Mal querer...
Sem querer...

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