domingo, 15 de abril de 2018

Apenas GRATIDÃO!!! O sentido da vida...


Há tempo essa sensação benigna instalou-se dentro de mim e não mais foi embora. Acredito que tenha encontrado, enfim, um lugar de pouso e, no auge da calmaria, resolveu ficar. 

É indescritível tal constância: mesmo que passasse horas postando, não conseguiria retratar ou sequer detalhar, de maneira opaca, como a vida tem sido uma defluência direta de estar plena e íntegra.

Oscilações vieram e se foram, afinal, esse é um dos sentidos da vida. É a resposta a eles, as escolhas diante desses percalços que definem quem somos e nosso papel diante do Universo.

A sensação de benignidade calma e lânguida faz ressoar a GRATIDÃO diante do que se desenrola neste espetáculo do viver. 

Hoje estava escutando uma música linda, chamada Eu agradeço, da Marie Gabrielle e não pude conter as lágrimas de intensa felicidade ouvindo "(...) Deste jardim cujo eu sou jardineiro e de amor eu sempre vou regar(...).

Mas não uma alegria histérica, rompante. 

Não!!! 

Um regozijo de compreender, enfim, o sentido de tudo isso aqui. 

Sim, mas, então, qual é sentido?

Ahhh, tão irredutível em palavras, quem dirá em um texto! 

É uma sensação, um sentimento, sentimentos não são fidedignamente retratados em prosa ou verso. São sentidos, vividos, escorridos. Vão e vem no fluxo, tal qual um rio cujas águas chegam até o mar sem que precisemos perguntar onde se encontram as gotas.

Gratidão, Grande Mãe Sagrada, por me acalentar na palma de suas mãos!!!

sexta-feira, 6 de abril de 2018

O singelo som do coração


O vento sopra, leva e traz mudanças, quase todas sentidas como uma espécie de alento. Brisa leve que torna a alma cheia de paz e esperança...

Tempos atrás rumei para o interior e tentei ali me encontrar. Rodei, dirigi, voei bem alto nas asas de um amor prometido e indelevelmente promissor. Saí de mim para mim mesma, achando mesmo que os quilômetros iriam me levar a outro lugar que não fosse à autofagia do meu ego.

Vivenciei experiências, observei a vida. Travei contato com energias empaticamente situadas no grandioso universo da palma da mão. Depois disso, um atropelo que me fez percorrer outo caminho, rumo, talvez, a mim mesma, mas por outra estrada.

Rodei de volta para casa, achando, novamente, que o retorno me impeliria ao status quo ante. Assim como nunca somos as mesmas, o rio também não corre intacto. Os banhos na caudalosidade dos vários rios pelos quais passamos em vida também nos brindam com a diversidade. 

Agora, tempos depois, volta o rio e voltam os banhistas. Configurações de uma mesma história, revisitada pelos banhos que não conseguem, ao final, tirar a poeira incrustada na alma...

Mesma máscara, talvez, quem sabe? São tantas histórias de projeção! Tantas miscelâneas de um espelho que se quebra e cola, sempre e sempre, lembrando que o outro é o caco eterno de nossas próprias mazelas. Identidade? Aversão? Projeção?

Talvez...

Afinal, o que encanta, depois, desencanta o mundo, faz com que desejemos nunca ter olhado para trás.

A estrada, porém, constrói-se para frente, no andar pausado de quem se caleja com a sombra forte da alteridade que em nós se espelha. Olhamos para as possibilidades infinitas que expandem nossos corações e nos fazem trazer à tona o pulsar do coração que se elastece a cada mordiscada...

Sim, coração, eixo central da criação!!! Órgão cujo tom de reverberação nos amedronta todas as vezes em que a taquicardia insiste em mostrar nossa vida em sua maior plenitude...

E quando nos damos conta, cá estamos a agradecer por mais e mais experiências, que nos apontam, lá na frente, a sincronicidade do Universo em nos avisar gentilmente que tudo quedado em retrospectiva foi acertado. Bom, correto. Justo.

Nada, enfim, é em vão.

A alegria advinda da calmaria com a qual a ressonância se equilibra é inesgotável.

Cumpre, então, a mim, apenas dizer: gratidão, gratidão, Gratidão!!!!
Cai a chuva em meio à lágrima que insisto em represar
Olho o céu e, entre estrelas
e me pego a perguntar...
Como pode o Infinito ter tanto
A nos falar...

Rumo em vagas, eterno assombro, sibila a luz 
A faiscar
O apogeu de tantas sombras
Vindo à tona a ofuscar
Corpo em brilho
Olhos fortes
Insistentes a bailar
Pelo mapa de teu mapa
Que sumir sem me falar

A ponte nova do velho tempo 
que faz a bruma se dissipar
Olho o espelho de um forte
Rui em plano a se livrar
Agora é certo que não nos fomos
Sempre estamos a chegar
Vidas vêm e almas somam
Mesmo estando a se chocar