Cozinha da Bruxa...

Uau!

Que força semântica existe na expressão "cozinha da bruxa". A cozinha sempre foi o espaço sagrado, dentro do campo privado, onde a mulher se estabeleceu. Não que seja o "lugar da mulher" a cozinha, mas, definitivamente, o espaço alquímico ali reflete um dos momentos de apogeu do poder político das mulheres...

Nosso lugar é o Universo, a cozinha, mais um momento de eclosão de mágica. Pretendo aqui compartilhar minhas receitas mais ancestrais e sagradas, algumas extraídas do ventre galego da Sagrada Gaia.

PÃO INTEGRAL

O pão integral possui inúmeras vantagens em relação ao pão comum, a começar da quantidade e qualidade de ingredientes, quase todos relacionados à prosperidade e, claro, à saúde do sistema gastrointestinal.

Esse pão tem sido uma alquimia só, porque desenvolvi várias técnicas e hoje, acredito, estou com uma receita que dá um pão mais leve do que o convencional. Os segredos: não usar farinha de trigo branca e, para compensar o peso da farinha integral, basta sovar, sovar muito, por, pelo menos, 10 a 20 minutos.

Primeiro, misturo 3 colheres de açúcar mascavo (podem ser 4 se você gostar de um sabor doce mais proeminente) com o conteúdo de 1 pacote de fermento (é o granulado seco, especialmente para esse fim, nada de Pó Royal). Daí acrescento a essa mistura cerca de 400 ml de água morna, reservo de lado para ver se o fermento está bom. Antigamente não fazia assim, mas aprendi essa dica para saber se o fermento está novo. É ruim perder o fermento. Depois de uns 5 a 10 minutos, se essa mistura espumar, o fermento está ótimo e, daí, acrescento 2 xícaras de chá de farinha integral, 1 xícara de aveia (pode ser fina ou grossa), 1 xícara de gérmen de trigo, 1 punhado de linhaça e outro de gergelim preto. Depois acrescento 50 ml de óleo e 1 colher de chá de sal. Mexo bem a mistura por um tempo e, depois, vou polvilhando a massa com mais farinha integral, mexendo, daí, com a mão.

Amasso, sovo, jogo no mármore. Bastante. Se a massa colar na mão, basta polvilhar com mais farinha. Depois de bater, sovar e jogar a massa bastante, ela ficará meio quente e, daí, formo uma bola e coloco numa vasilha, envolvida por papel filme, para descansar por uma hora. Envolvo o papel filme na bolota, não no vasilhame. Tenho hábito de colocar um pano de prato ou toalha de mesa para aquecer e, envolvendo isso, um edredon. Daí coloco tudo isso embalado no meu quartinho escuro, que é bem quentinho.

Esqueço isso por uma hora e, quando vejo, a massa triplica de tamanho.

Daí eu unto a forma de pão (aquelas retangulares) com um pouco de óleo (porque a massa já tem óleo) e coloco a massa na forma. Envolvo na toalha de novo e deixo por mais uma hora. Depois disso, pré-aqueço o forno no mínimo e coloco o pão para assar por volta de uma hora.

Muito bom! O gergelim aparece, o trigo dá um charme e tudo isso, lembro bem, é mais do que consagrado à Gaia e à prosperidade!

IOGURTE NATURAL

O iogurte é tão gostoso!

Faço a isca com o iogurte PAULISTA INTEGRAL.

Fervo o leite integral (acho que o leite longa vida não fica tão bom) e deixo na tenperatura de mamadeira de neném. Daí, na própria vasilha de fervura do leite, acrescento 2 colheres de sopa de IOGURTE PAULISTA integral. Mexo bem e passo a mistura para um vasilhame, coando-a. Daí envolvo num saco plástico (pode ser de supermercado), depois na toalha de mesa e, por fim, no edredom. Levo esse "bebezão" para o quartinho escuro e lá deixo por, pelo menos, 6 a 8 horas.

Depois, basta colocar na geladeira. Uma delícia!

Com o iogurte pronto, posso tirar nova isca, mas, dessa vez, uso 3 colheres de iogurte.