sábado, 13 de abril de 2013

Quando estrelas são conchas no mar de um horizonte reluzente de um caminho incessante


Depois de mais um dia de intensa vida, estou contemplando o que se esquadrinha como resultado do que imanto de meu coração para o trilhar de cada passo nessa terra! 

Não temo o caminho, pois minha sina é minha própria vida. Com ela e para além dela me desfaço em mil pontos, no enredo da tela que, a olho nu, pinto em aquarela, num enredo de mil histórias que ainda serão contadas.

A melodia que entoo confunde com o ressoar do meu próprio coração, que se harmoniza com a difusão maravilhada de um Universo que se debruça em si mesmo, mostrando-me, a todo o tempo, que vibramos em uma só diatônica.

Quem vem?

Quem vai?

Não importa, porque a luz que promana de meu corpo é o receptáculo sagrado do que incontido em mim está. O fogo iniciático tange de abrigo a lua que se esconde, beijando o horizonte que insiste em engolir avidamente toda a pompa que exsurge de um devir que está a todo o tempo aqui.

Amo cada respiração apenas por amar a impermanência, e me deleito no ir e vir daquilo que efemeramente se esvai, no atropelo, ensinando o caminho da instantaneidade. O trilho descarrilha? Não sei, quem bem sabe, pois trilhos e trens são apenas nossos pés que atropelam nossas frágeis mãos. 

Abraço-me com elas, deleitando-me no refúgio de minha efeméride, tocando as estrelas como se fossem conchas e sentindo pulsar em meu peito a glória da felicidade em apenas estar aqui!


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