terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quanto tempo é tempo o bastante?

Quanto tempo é tempo o bastante para se deixar distante um grande amor?

Quantos ventos são necessários para acalentar a vida com invulgar frescor?

Quanto de tudo extraio a fundo, permeando um mundo

de incerteza e dor?

Quantos amores se vão, ao longe

Pingam a sorte, derradeira morte,

Isolam na montanha um inesquecível amor?



Não sei, ao certo,

as rimas que faço ecoam sem resposta.

Em meu peito jaz a grande calma,

Fiz de tudo com meu tempo...

Que tempo? O que dediquei

ao Amor.



Ele não lê, não vê, não sente.

apenas entoa falas enquanto mente.

Cria histórias povoadas de trilhas falsas.

Deturpa o sentido do que é feito de glória.

E no embalo de uma liturgia dominical.

Ele se vai, mais uma vez,

Criando sinas, uma de cada vez,

Conquistando territórios, esfomeado para simplesmente tudo ter.


Amou um dia, quem sabe? Só o tempo dirá.

Que tempo? Aquele lá de cima, que nunca vingará.

Uma batida desenfreada de um relógio sem sentido.

É o tilintar do meu coração, que hoje está lânguido, sem ruído.

O silêncio, um dia, talvez, deite a sombra de um abismo infindo.

Que se firmou entre nós, num tempo distinto,

Colocando o véu da vida que segue adiante.


Ide em paz, com sempre!

Ide em paz com a tortura cáustica de sua mente inquieta.

Encontramo-nos apenas para o relance.

A lembrança acarinhada do que temos de apagar.

Amor? Raiva? Ódio? Nada disso importa...

Eis que chega o trem para nos levar para outras viagens

Incomensuráveis!


A paz e o tempo.

É tempo de paz!

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