Quanto tempo é tempo o bastante para se deixar distante um grande amor?
Quantos ventos são necessários para acalentar a vida com invulgar frescor?
Quanto de tudo extraio a fundo, permeando um mundo
de incerteza e dor?
Quantos amores se vão, ao longe
Pingam a sorte, derradeira morte,
Isolam na montanha um inesquecível amor?
Não sei, ao certo,
as rimas que faço ecoam sem resposta.
Em meu peito jaz a grande calma,
Fiz de tudo com meu tempo...
Que tempo? O que dediquei
ao Amor.
Ele não lê, não vê, não sente.
apenas entoa falas enquanto mente.
Cria histórias povoadas de trilhas falsas.
Deturpa o sentido do que é feito de glória.
E no embalo de uma liturgia dominical.
Ele se vai, mais uma vez,
Criando sinas, uma de cada vez,
Conquistando territórios, esfomeado para simplesmente tudo ter.
Amou um dia, quem sabe? Só o tempo dirá.
Que tempo? Aquele lá de cima, que nunca vingará.
Uma batida desenfreada de um relógio sem sentido.
É o tilintar do meu coração, que hoje está lânguido, sem ruído.
O silêncio, um dia, talvez, deite a sombra de um abismo infindo.
Que se firmou entre nós, num tempo distinto,
Colocando o véu da vida que segue adiante.
Ide em paz, com sempre!
Ide em paz com a tortura cáustica de sua mente inquieta.
Encontramo-nos apenas para o relance.
A lembrança acarinhada do que temos de apagar.
Amor? Raiva? Ódio? Nada disso importa...
Eis que chega o trem para nos levar para outras viagens
Incomensuráveis!
A paz e o tempo.
É tempo de paz!
Lindo! =D
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