sábado, 23 de julho de 2011

Réquiem para uma estrela

Partiu a grande estrela,

habitou entre os humanos por instantes

trouxe na pele marcas lacerantes

de intensas dores pelas dores provocadas.

Quanto tempo pode uma estrela habitar fora do céu?

Não sei bem, mas sinto que o bastante para se permitir ser humano

E no retrato da mundanidade,

ir de encontro à morte, embalando-se na vida.


Finda estrela, que será de nós?

Lágrimas que se transformam em pérolas.

Cintilando, pouco a pouco, num mar de desolação.

O que fazer sem as estrelas?

Afinal, elas deixam o mundo tão mais iluminado.

Mas, diante da centelha tão finita.

Quedamo-nos sozinhos na mesma escuridão.


Encontre paz, estrela invulgar, encontre paz.

Vá, enfim, habitar seu lugar celestial!

Seu trajeto começou agora, e sua sina, cheia de glória

Deixará muita saudade em meu coração.


Componha o céu tisnado de cíano, doce estrela de voz aveludada!

Daqui da Terra olharei para cima,

lembrando-me do dia lindo em que encontrei sua voz em meio a tantas outras.

És única, pequenina estrela possante!

A retumbância, enfim, não poderia caber num corpo tão frágil e machucado.

Eis que está livre, leve e plena!

Vá em paz, querida estrela!

Vá em paz...

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