segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quando as pequenas mentiras violentam a sacralidade de uma Deusa

Grandes Deusas sempre foram dotadas do empoderamento da omnisciência. Sabedoras de si, usualmente as Matrizes etéreas relacionam-se com o mundo a partir de uma postura de conhecimento altivo, observando o que se lhes vêm para, no auge da contemplação, colocarem-se no topo de seus próprios e particulares universos. Quando alguém ousa violar a sapiência de uma Deusa, por meio da malícia e da fraude, parte do rico e vasto mundo da Grande Mãe rompe-se em pranto, pois, afinal, a mentira, para uma mulher-deusa-empoderada representa a perda do sentido de LI BER DA DE em relação a caminhos e escolhas. Uma dissimulação que seja, uma ingênua mentira que se estabelece como nicho de comunicação...não importa, pois, para uma Deusa, liberdade sempre é o vetor de sua vida e, no caso, a mentira, ainda que escoimada em escusas, sempre aprisiona. Sempre silencia. Emudece uma grande mulher e, no silêncio, devasta o que temos de mais singelo: a complacência com o outro. Nesses maravilhosos dias de intenso revigoramento da alma, deparei-me com inusitados momentos de deliciosas fraudes, encobridoras de verdades, caminhos, forjados, quem sabe, pelo receio, pelo temor, por tudo, menos pelo desiderato de compartilhamento. Uma simples pergunta não respondida retira da entranha o furor de entrega, pois a falsidade que permeia a alma de quem se esconde acaba confirmando a temeridade do inevitável: o fim...

Nenhum comentário:

Postar um comentário