segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quando o vento da mudança desmonta a pasmaceira do agressor de gênero...

Dia 8 de março está chegando e, com ele, providencialmente o vento da mudança.

No meu caso, a ventania que desmontou toda a estrutura frágil em que minha compreensão de relacionamento com o masculino, UM masculino, assentou-se.

Refiro-me a um masculino que vocifera palavras silenciosas que tentam minar, aos poucos, a autonomia do feminino. Um masculino que, não suportando contestação diante de sua lógica pérfida - que já matou, degolou e aniquilou muito na História - não descansa enquanto não submete...

Um masculino que utiliza do expediente da dissimulação para desarticular a força, o empoderamento, a autonomia...e que, com isso, sela o início de uma tentativa tosca de locupletamento da alma feminina, com a finalidade de ofuscar a estrela que não pode ter...

Mas esse masculino, enfim, esse pífio pedaço de carbono...não desmantela o que está arraigado com força ao solo. A força vital que me liga, por entranhas, ao que existe de mais sólido: a (in)compreensão de mim, na fortaleza do que é ser-sendo...

Para esse ser abjeto, apenas o recado...

Para que eu possa fenecer precisa muito mais do que palavras...e gestos...

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