domingo, 5 de dezembro de 2010

O verde, as araras e as estrelas...

Da varanda do quarto avisto o mar bem no meio do cerrado antigo. Sim, estou no mar, flutuando na parte calma de um oceano pintado na aquarela dos mais diversos tons de verde, dispostos, um a um, nas copas das árvores e no esmeralda do tapete que encerra a proposição do perfeito em sua maestria diatônica.

Bem cedo as araras voltam para o aconchego do abraço amigo. Elas não precisam de nós, de nossa complacência especista na dação do alimento: são plenas e, em rasantes voos, sabem de si e de seu sustento. Mas as araras, ah, as araras!

Vêm simplesmente para cá por amor... Porque, em cada alvorecer, compartilham um pouco de sua compaixão pela humanidade e, fingindo que desejam comida, elas nos fornecem carinho, afago e luz. Hoje, ao acordar, pedi a uma delas para me aproximar e registrar o momento. Com o pedaço de pão fui conversando com ela e, ao final, tirei uma foto da magnífica ave. Que gratidão!

Agora, prestes a me deitar em profundo sono, estou contemplando o céu povoado de estrelas, tendo Vênus por testemunha da amorosidade presente em meu caminho. Tempo de Vênus, regente do Amor... Tempo de Terra, que estabiliza, ouve e tem paciência... É tempo de viver benesses e, em Alto, elas adquirem um colorido todo especial...

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