quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O vento traz a mudança

A mandala astrológica repleta de fogo traz muita necessidade de mudança...

Áries, áries, áries. Fogo, fogo, fogo, seguido pelo impulso frenético de não me conter e desejar gritar aos quatro cantos: "resolvam-se! resolvam-me! devora-me! enlaça-me"...

A lua, saturnina em capricórnio, freia o incontido e soterra, ainda que por segundos, a propulsão da lança tórrida que rasga o céu da pasmaceira humana.

Para onde me volto Marte está à minha procura, como um amante apaixonado que deseja, a todo custo, possuir sua contraparte ideal. O ímpeto de voo me faz alçar vales dentro dos mais coloridos palácios da minha alma, para, devastando tudo em mim, quedar-me livre em meus instintos e, seguindo minha sina, traçar meu caminho de transição para a casa ancestral dos que aguardam por mim.

Mercúrio em peixes a torna um epicentro de ludicidade, fazendo com que meu coração e minha alma desejem habitar, talvez, quem sabe, um lugar em meio aos céus, ou abraçado por cachoeiras. Muito verde, muito mato. Plasmando isso para a concretude, meu espírito inquieto de andarilha já não está mais desejosa de se fincar aqui.

Nunca esteve e, a cada dia, o chamado da Deusa e de meus ancestrais convoca-me para a serena missão de me albergar em mim, de estar imersa numa onda esmeralda de puro ar, esperando o orvalho de cada manhã anunciar o começo de mais uma aventura.

Desejo mudar... estou mudando, estou mudada. O que será de mim? Não me importa, meu caminho grava-se na efemeridade das pegadas deixadas na areia de uma praia onde ondas desmoronam os sonhos de uma torre segura e firme. Desconheço, no mundo dos humanos, o que é sentir tamanho lastro de sufocamento. Segura? Firme? Em que mundo? Num em que as carnes ainda habitam? Quimeras, apenas quimeras.

E desejando o mato estou...

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