quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eterno tempo de despedida...

Em tempo de despedida, não quero choro nem vela
Olhe apenas da janela e veja porque perdeu o mar.
Derrame suas lágrimas, mesmo que as esconda do mundo,
penetre em seu abscôndito profundo e se dilua na sinfonia do adeus eterno!
Depois disso, renasça, enfim, na paz!

Momento de calma inconstante,
tombada no passado tão distante
cujo sentido perdeu-se em meio ao descaso.
A dor que lacera hoje o meu peito,
a mesma que deseja todo esse jeito
de me afagar em seus braços.

Num alento doce e comedido
Encerra um beijo vendido
a me trocar por tantos lábios...
Vazio de tantas bocas,
donde promanam apenas o silêncio errante.
findo o elo e o coração pulsante
que o deseja, mesmo frio e distante...
Desarmou-se o cenário de um guerreiro em luta
que trava guerras impolutas...
de emboscadas perdidas em meio ao caos
Vivendo na mordaça do adeus
Num atropelo em que acena para fariseus
Diáconos purgados em seus mantras sem sentido...
O mantra da anestesia de caustica a culpa
Revestida em ódio, intempérie oculta
atropelo dos nefastos tristes olhos...
Que me olham ao longe, temerosos olhos
a me perder de vista...
Para todo o sempre...
É o adeus que chega, enfim, a coroar
Um dia após o outro a se fechar
A cortina da paixão simples e recolhida.
Acabou-se o sonho, quedou-se em pranto
Para ali na frente se recordar...

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