terça-feira, 26 de outubro de 2010

O som dos ancestrais e a celebração nas entranhas da Terra

O ar se alinhou com as egrégoras da movimentação da água. Eis que brota a chuva, para nos brindar com o cenário de torrentes existencias, numa orbe de força, na potestade do que esses elementos ancestrais trazem para nossa experiência!

Enquanto a água caía sob a minha fronte, o bailado de guerra da Scottish Music Bagpipes executando "Lost song" lembrava-me da minha casa ancestral. Não se corre ou foge de quem se é, porque somos todos e todas egrégoras de quem, outrora, marcou seu espaço no mundo, em meio a tantas guerras, para que a linhagem, o nome e o significado da celebração pudesse, hoje, quedar preservados.

Em meio a cada molécula do meu corpo vibrando em sintonia com a Sala dos Nobres de minha casa, lanço-me, íntegra, não para me religar, mas para contemplar o segredo que de mim promana, em meio aos arautos que chamam meu espírito para o retorno ao lar primevo.

Hey, ho, sagradas deusas, hey, ho, sagrados deuses, sabedores dos mais arraigados silêncios que se encobrem nas entranhas da Terra, que recebe, dadivosa, a semeadura levada pelo vento espargidor.

Fecunda terra em que se deleita a água, cortando vales, rasgando entranhas, voraz, sem pedir licença. É rainha, senhora água, formando o mundo a partir da formação de mim mesma. Celebro todas as águas ruidosas, que bailam nessa sinfonia beligerante, lembra-me do momento certo de desembainhar minha espada e simplesmente urrar os lamentos e os prantos para o além-vida!

Preparando o vórtice para o alinhamento de todos e todas, celebro os segredos da Pira Oculta de minha morada!

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