sábado, 9 de outubro de 2010

Andanças e bem-aventuranças nas aventuras contentes até Alto Paraíso...


Alguns eventos acontecem na vida da gente apenas e tão-somente para que possamos realmente sentir o despojamento em relação às limitações que geramos para nossas vidas. Afinal, num mundo cheio de discurosos, quem sabe, "ser" "assim" ou "assado" pode ser apenas mais uma artimanha de nossa egotrip, a nos reduzir para apenas mais uma fala bonita e vazia de sentido de pertencimento...
A cada momento em que me deparo com situações novas - de histórias antigas do meu eu - percebo o quanto é belo e mágico esse Universo de sincronia! Em cada passo, percebo, o medo do desconhecido e de um futuro que não existe cede espaço para a vivência do meu presente...ao lado das pessoas que amo e cuja presença - em energia ou matéria - brindam minha vida com amor incondicional!

Saímos hoje de Brasília para o lar aconhegante de Alto Paraíso.
Esse moço aí em cima...eu e ele, ele e eu, na irmandade de nossa pequena família de egrégoras. Na felicidade da impermanência seguimos para o lar.
No som do jipe, música lembrando nossa adolescência feliz, vento no rosto, nuvens no céu anunciando, por fim, a estação das chuvas. Quando passamos por São João da Aliança, vimos um restaurante que sempre tive vontade de entrar, mas, por nunca ter visto uma porta, sempre "pensei" (lá vou eu com a mente que engana sempre) que estar fechado.
Pensar, pensar e pensar.

Mais. Pensei naquela cidade e como NUNCA havia parado para percebê-la. Acho que sempre preocupada em chegar a Alto, nunca me dei tempo suficiente para admirar o que o caminho tinha para me mostrar...

Foi quando o motor do jipe fundiu, bem no meio da estrada, a 5 km daquela cidadezinha que acbamos de passar. Encostamos o jipe, observamos o que se apresentou - sim, um motor fundido e batendo - e, simplesmente... Olhamos a maravilha de estar ali - meu irmão e eu - em meio ao grande espetáculo do viver!

Voltei para a cidade enquanto, a cada passo, deixava para trás "meu" jipe (tenho dúvidas em relação a isso)... Tudo ali já era passado, foi-se e se esvaiu em plena luz do dia!
Andando, imersa em meu caminho de andarilha, dando, às vezes, importância para minha mente em constante atribulação. "O que faremos?", "perdemos o passeio" ou, ainda, "poxa, o carro pifou" foram as tentativas dos mantras da perturbação.
De súbito, comecei a sorrir, lembrando-me que o importante era apenas estar ali, pisando, passo a passo, construindo meu caminho. Olhei para o céu, sorri, contemplei e segui.

Conheci um senhor numa ambulância, que me mostrou o caminho do guincho.
Voltei alegre para o jipão, que me aguardava, junto com meu irmão, para o início, apenas o início de nossa aventura! Estamos aqui. Sem lenço, sem documento, sem carro, apenas lançados ao vento, em meio às bem-aventuranças de nossas contemplações.
Encontramos pessoas, conhecemos gente, olhamos o céu e o espaço!
E, por fim, abraçados com a Deusa, colocamos nossos corações em Sua grandiosa mão!
Hey, ho!

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