O princípio vital de vivência e sobrevivência é a respiração lânguida, sorvendo o néctar que os fluidos etéreos têm para nos ofertar graciosamente. Para a cosmogonia hindu, é o prana, o elemento substancial presente no cosmos, responsável pela renovação celular, nem como pelo equilíbrio entre mente e corpo.
Independentemente do nome atribuído - nossa "necessidade" de catalogar tudo em nossa volta, não é mesmo? Hoje separei espaço para a transmutação do ar em fogo, a partir da respiração.
Um mecanismo simbiótico onde inspiramos, movimentando o ar e o introduzindo em nossos corpos, e permitimos, com isso, a entrada de energia que se transmuta em fogo, criação e, por resultado, em movimento.
Ar e fogo, complementares e opostos que, na respiração, dão-se as mãos em uma sincronia ímpar. Basta perceber a respiração ofegante, aquela na qual sentimos até mesmo o suor brotando de nossas têmporas, tamanho o aquecimento.
Dizem que os monges, no inverno, para se aquecer, respiram ofegantemente, colocando ar na região abdominal e, com isso, aquecendo-se para a proteção do frio.
Por outro lado, quando estamos já ofegantes, estressadas - com pulsações e calores próprios da movimentação - basta a renovação de ar para a calmaria. Ou seja, o ar move, movimenta, mas, também, acalma. Lembro-me sempre da máxima: o ar alimenta o fogo, mas, também, apaga-o.
Eis a síntese do equilíbrio perfeito entre os elementos ar e fogo, presentes, como se fossem lados de uma mesma moeda, na respiração sagrada que nos mantém em pé!
Hey, ho!
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