domingo, 1 de agosto de 2010

Saudações, Candlemas!

Fàilte, Imbolc!


O Sol veio hoje com a força de quem sabe realmente o foco de sua luminosidade! Hey, ho ao Sol, que sempre sabe de si, mesmo quando não está mais no firmamento!

Dia azul! Céu azul, depois da noite fria do inverno que sabe estar indo embora! São as despedidas de quem já permaneceu bastante tempo na companhia dos afins: é hora de deixar o Sol entrar e o solo acordar para a nova fase de nossas vidas, pois as sementes estão plenas em si, latentes de vida que, já no gérmen, manifesta sua criatividade e força.
A Natureza é sempre tão sábia...vivencia seus ciclos sem o sofrimento do apego, porque, ao final, sempre haverá verão, inverno. As folhas sempre cairão e os pássaros sempre estarão no ar! Sempre saudaremos o Sol e bailaremos com a Lua, hoje, amanhã e em outros tantos giros de roda da vida!

Os ciclos vêm e vão, repetindo-se num "eterno retorno" que se espiraliza, como os braços do triskle que, movendo a roda, encampa ritmos de encontros e desencontros. Encontramos e desencontramos, ao final, as mesmas pessoas que sempre encontramos e desencontramos em outros giros de rodas.

Uns nos são queridos, não "sabemos" explicar com os olhos da razão os olhares nostálgicos e de puro carinho, assim como não sabemos explicar as laceradas em relação à simples presença de outras pessoas. São os giros da roda da vida!

Desconhecida para quem não se permite a conexão... Antiga companheira para os que vivenciam sua visão interior, a intuição é a fórmula para a ligação com a divina centelha.
Para a Deusa, divino não por está ACIMA de nós, como sensação transcendente, mas, sim, por estarmos imersos e plenos dela, de maneira ima + trans + cendente.

O culto à Grande Mãe e aos ciclos naturais vem lembrar exatamente isso: a divindade está presente no aqui e no agora, somos nós em nossa essência, ligando-nos, uns aos outros e à natureza, sem hierarquias, dogmas, superioridade. Se houver alguma, é a superioridade da natureza, muito mais ancestral do que nossas efêmeras (e lindas) existências.

As sensações de familiaridade, aversão, afetividade são as mesmas na espiral, formatadas de acordo com nossa linhagem e percurso evolutivos. Se, outrora, matávamos, hoje, graças à espiralização, apenas "torcemos o nariz". Ou, ainda, devolvemos, na lei trina (ou ação e reação), traições, deslealdades, ambições. Assim como devolvemos, claro, o bem com que encontramos nossos e nossas maravilhosas companheiros e companheiras de jornada espiral ao longo das vidas...

Tudo é muito encaixado no ciclo de eterno-retorno da Grande Mãe.

Vamos celebrar Imbolc! Com muita fartura e prosperidade...

Sentindo-nos gratos e gratas por todos os giros que a roda da vida está nos permitindo experienciar! Sendo gratos e gratas por cada ser que chega e sai de nossas vidas, bem como por cada momento de identidade, familiaridade, de comunhão com as essências, permitindo-nos a cura de nossas dores ancestrais!
Que benção maravilhosa!

Ar move, fogo transforma, água molda, terra cura!

E a roda vai girando, vai girando, e a roda vai girando, vai!

Heya, heya, heya, heya, ho!

Slàilte! A todos e todas nós!

2 comentários:

  1. Olá novamente,
    A maneira cmo se olha o tempo é fascinante nesse caminho.
    Ao invés daquela visão retílinea que parece no dizer que o que foi feito fica para trás, há esta visão de um eterno retorno de todas as nossas acões.
    Ao encarar a vida como uma eterna roda que sempre nos trará algo á partir de nossas ações creio que a forma de se encarar a vida muda.
    Eu passei a ter muito mais cuidado com a minhas ações e espero continuar assim, também perti um enorme medo que tinha da morte, penso que se tudo retorna então não há por que ter medo de algo natural e acontecerá com todos.
    Gosto muito mesmo dessa visão de tempo e mundo.
    Benções,
    morgana

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  2. Grata, Morgana, por suas postagens sempre providenciais! A roda sempre traz responsabilidade em termos de ações com os outros e com nossas almas.
    A visão retilínea virou um mantra da racionalidade que não enxerga um palmo sem o tic-tac de um relógio...
    hey ho!

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