sábado, 14 de agosto de 2010

Meditando com os quatro elementos

O dia começou cedo, por volta das 5 da manhã.

Precisávamos "pegar" o lindo Sol vermelho de fim de inverno. Que ingenuidade, heim? Afinal, foi ele que nos arrebatou, com as faíscas que saíam copiosamente de seu núcleo intenso, fazendo com que nos lembrássemos da nossa ancestralidade: o espírito quinta-essencial.

Sol vermelho... À medida que a primavera começa a dar seus primeiros sinais de ingresso, o Sol desponta no alvorecer com uma tonalidade mais rubra, rompendo o céu tisnado de violeta e azul, dispostos em tons que se harmonizam numa espécie de mandala etérea de Shambala.

Hoje fomos brindados com um espetáculo: em plena estrada para Alto Paraíso, tendo um séquito de jipes rumando para o rallye dos sertões, com o Sol Vermelho no horizonte das "mesas" da chapada!

O Grande Deus, Pai Solar, esteve presente durante toda nossa viagem, aquecendo nossos corpos e acalentando nossos corações repletos de histórias a compartilhar.

Eu e meu irmão seguimos nossa trajetória em comum novamente, trocando experiências de quatro anos de estradas paralelas. A Deusa veio velando por nós, quer seja na melodia que nos embalava, como em cada movimentação durante o trajeto. Flutuamos e, quando menos esperamos, estávamos já aqui, em pleno coração do Brasil, no Portal da Chapada dos Veadeiros.

Poço encantado, adivinhem a razão do nome...

Um caldeirão densificador, para onde convergem os elementos. O céu, condensado o ar e movimento as idéias, orações e os mantras. Brotando da terra a água na torrente que vinha do rasgo da cachoeira, coabitando, lado a lado, a parceria entre gnomos e nereidas. O Sol, ah, sempre o Sol, aquecendo nossas almas.

Ar, água, terra, fogo e nossos espíritos!

Ornados pelo calor de uma grande roda, a roda dos guardiães das Grandes Torres.

Meditações, invocações, gratidão.

Tudo está se renovando e, com a transmutação, nossas almas se rejubilam.

Hey, ho!

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