segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Imbolc à luz da Lua que mingua...

Foi-se mais um Imbolc e, com ele, nossos desejos mais sinceros de prosperidade para todos os seres em todos os mundos!

O dia hoje começou com a limpeza da casa, porque aqui pairava, ainda, energia estagnada de outras pessoas. Precisava recompor a harmonia do meu lar, outrora turbado por "sacudidas" de acessos a outras frequências: andei acessando memórias passadas com outras pessoas e, na boa-fé, abri minha guarda, bem como a guarda do meu espaço sagrado.

Daí, espargi em cada canto da casa acetona diluída em água (3:1, três de água para 1 de acetona), fazendo um pentagrama de banimento e devolvendo ao espaço a energia criada pela presença dos "convivas". Depois disso, tracei o pentagrama com arruda em cada canto e, ao final, queimei o maço de arruda. Levou muito tempo para queimar - e olha que estava seco o ramo!

Feito isso ainda acendi o incenso de sal grosso e defumei o espaço, sempre mentalizando o banimento. Como a Lua está minguando - perde a força total no dia 03 onde sai minguante plenamente - achei legal faezr isso hoje mesmo, dada a urgência.

Daí fui fazer as cruzes de Brighid para mim e para dar de presente. Pacientemente as confeccionei, umas 8 cruzes. Estão ali no altar para as pessoas que amo serem presenteadas. Esse ano fiz as cruzes com palha de trigo e flores típicas do cerrado, porque entendo que a celebração pode e deve reunir elementos da flora nativa do local (ainda que o trigo não seja originário daqui) com elementos de outras origens, para marcar o sincretismo que a diversidade traz às nossas vidas.

Consagramos nossas ervas - manjericão, alecrim, arruda - que tinham tomado "banho de lua" no esbat que fizemos na semana passada. Redondinho o ritual desta vez, porque não teve energia truncada ou tumulto de cruzamento energético com egrégoras de pessoas estranhas ao ciclo.

Como sempre, sou avessa às liturgias de livros mercadológicos: conexão com Natureza segue instinto e instinto não se adquire em uma livraria, mas, antes, vem de consciência e de autoconhecimento. Aliás, isso falta em alguns praticantes, bem como nos "curiosos" de plantão, aquelas figuras que apenas querem se beneficiar e nada acrescentar ao círculo.

Aberto o ciclo, queimada a energia de gratidão, seguimos para a celebração gastronômica do dia!

Hehehe, como havia empreendido minha energia num dia aí fazendo um sabbat gastronômico - com direito a salmão caramelizado, salada com tomate seco caseiro e até salada de frutas vermelhas com água de flor de laranjeira no creme de leite caseiro e batido até ponto de chantilly - confesso, exauri minhas energias (mas ganhei experiência com o evento, pois foi inesquecível).

Daí saímos mesmo para um bom restaurante japonês para comemorarmos o dia de hoje, Imbolc!

Depois do jantar, eis que a sobremesa foi o lago Paranoá, onde mergulhamos, sob as bençãos da Grande Mãe, os despojos do caldeirão, com a arruda da limpeza, bem como as palhas da prosperidade de Candlemas.

Esse é o sentido essencial da vida. O resto é apenas uma doce e vã ilusão gerada por nossa ignorância na insistência em nos desconhecer...

Hey ho!

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