quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Antes só do que mal acompanhada...


Há três semanas comecei uma rotina de disciplina, nada pedindo à Deusa, mas, antes, apenas agradecendo. Agradeço a tudo. Por tudo. Nada escapa dos meus agradecimentos...

Agradecendo a retirada dos véus de incerteza e ignorância que minam nossas frontes para a realidade, agradecendo pela ocorrência de eventos "para lá de providenciais", pequenos milagres que apontam mudanças de eixos em nossas vidas.

Agradecendo por quebras de rotinas e aproximação de entes queridos, bem como pela desconexão de caminhos percorridos em comum com outras pessoas.

Agradecimento. Apenas isso.

Como resultado desse expediente, a vida parece que ficou mais leve e eu, mais certa em relação a mim, ao que sou, aos caminhos que desejo trilhar.

A senda do autoconhecimento que hoje está apontando para o caminho solitário não traz a menor mácula de constrangimento ou de vergonha. Não enxergo, enfim, na solitude marca escarlate alguma. Essa é a minha vida, a minha visão e, até onde sei, o que desejo para mim, sem que outras pessoas definam por mim o que EU QUERO E DESEJO.

Existem pessoas que, por medo de si e do que enfrentarão sozinhas, optam pela realização de tramas, teias e relacionamentos "para cumprimento de tabela". O relacionamento, para elas, é fardo e, muitas vezes, motivo de piada ou ironia, forjadas apenas para aliviar a tensão e a frustração por não romperem com seus padrões internos. Não querem ficar SOZINHAS pois temem o que enfrentarão diante de si quando o silêncio encontrar a alma.

Daí, verdadeiros pactos de mediocridade são feitos, dentro dos quais se "brinca" de casamento, de namoro, de união estável e até de amizade, tudo em cima de uma gangorra de poder e hipocrisia, onde o estado de beligerância é a máxima de comportamento assertivo. Afinal, não queremos mostrar para o outro nossa incongruência humana, pois isso nos torna "fracos e fracas". Blargh, é isso???

Por certo que todo relacionamento apresenta zonas de turbulência e conflitos: é inerente a uma sociedade plúrima o conflito social, quem dirá o conflito inter-pessoal.

Não é disso que estou falando, mas sim dos relacionamentos doentios que trazemos para nossas vidas, sob a óptica de sermos "normais". Que normalidade é essa que aponta para o desrespeito e o distrato nas relações humanas? Para a opressão? não, não...

Já fui duramente criticada pela minha opção em "estar" só. Eis a diferença entre "estar" e "ser" sozinha: isso não é ruim, porque, afinal, não preciso dar a menor satisfação do que faço da minha vida para quem quer que seja! Como é bom não ter amarra...

Não se trata de uma chaga, uma doença, mas, antes, de um grande momento de reflexão, para que, depois, eu possa fazer melhores escolhas em relação a tudo em minha vida: namorados, esposos, amantes e amigos.

Por isso, antes estar provisoriamente sozinha do que eternamente mal acompanhada!

Hey, ho!

2 comentários:

  1. Hehehe... Adorei, essa Audrey!
    Essa é a mais pura verdade e que muitas mulheres deveriam ouvir: "antes estar provisoriamente sozinha do que eternamente mal acompanhada." Beijos e muitas bênçãos!

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  2. Grata, mo chara!

    Como sempre, providencia!

    Blessed be!

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