sábado, 31 de julho de 2010

Sob as bençãos auspiciosas da Grande Mãe na véspera de Imbolc...

Gaia é honrosamente justa em nos prover mas, às vezes, não atentamos para seus misteriosos desígnios, quase sempre dimensionados a partir de situações que encaramos, de primeira mão, como adversas.

Se olharmos bem por trás do véu, contudo, cada situação adversa traz uma mensagem escondida, um enigma a ser desvendado pelo nosso coração depois que a pontada lacerante de dor se esvai. Claro que fica a cicatriz, compondo nosso grande e belo mar de ranhuras, mas, com o tempo, a dor que latejava cede espaço apenas para a referência mnemônica do evento. A Deusa lança seu bálsamo herbal, o tempo todo, tornando o caminho de recuperação bem confortável e mais fácil.

Conectar-se com a Deusa é essencial para vivenciar isso tudo. É, sobretudo, ouvir o coração, quando ele, lá no fundo e sem a influência externa, pulsa a mensagem. A intuição fala e aponta vários sinais, relacionados, claro, com a nossa essência. Não se pode trair a essência revelada em nossas atitudes para com a vida.

A conexão com a Mãe nos coloca esse vínculo de abertura para outros portais, acessos outrora inacessíveis, mas que, diante da permissão que nos damos, podem ser viabilizados e, com isso, certezas e caminhos podem ser descobertos.

Na saga de descoberta o caminho é simples: basta se render ao que é sagrado. Ligar-se à Lua, aos oráculos, ao cair de uma folha. As imagens vêm, como cenas de filmes, mostrando o desenrolar dos eventos em relação aos quais estamos ocupadas em desvendar.

Se nossa conexão for profunda, acessamos memórias e campos áuricos, nosso e de outras pessoas, podendo, com isso, tornar a identificação de nossas missões mais fácil, compreendendo nossas familiaridades e desavenças.

É também prestar atenção nas pessoas que anonimamente "caem" e se materializam diante de nós sendo portadoras de palavras dos deuses. Hermes ou Mercúrio, assim, manifestam-se nas angelicais ordas de seres que, sem interesse algum em nossas vidas, apenas nos fazem observar a riqueza do conteúdo latente em cada comportamento e evento presentes em nossas vidas.

Essa semana recebi duas importantes revelações deídicas. Ambas premonitoriamente escritas aqui no blog como final de ciclo em minha vida. Intuí, projetei e plasmei em prosa o que estava por acontecer. Aconteceu. Pura e simplesmente como o "colapso quântico"outrora previra.

Verdades foram descobertas, véus foram retirados e, sobretudo, caminhos foram cingidos. Tudo a partir do toque mágico da Deusa em meu coração...

Dois maravilhosos oráculos revelaram para mim a mesma situação que, no fundo do coração, já se desenhava como resultado direto de minhas aventuras na regressão e no acesso aos campos áuricos de quem encontro pela frente.

Ainda preciso saber voltar de meus passeios sem a dor de reviver o que passou. Sem a ira de descobrir os algozes e as vítimas, sempre espelhos de minhas mazelas por esse grande Universo de possibilidades.

O mais interessante, contudo, dentro de todo esse processo, é sentir a Deusa, o tempo inteiro, levando-me na palma de sua mão, embalando-me ao lado do Pai, Grande Deus, compondo o casal sagrado que me abraça carinhosamente, fazendo com que me sinta feliz e segura. Esse é o sentido de conexão para mim!

Um oráculo druídico e um arauto da espiritualidade falaram a mesma história.

Foi muito interessante e foi num lugar em que portais são abertos o tempo inteiro. Os frequentadores - alguns - podem nem se dar conta de tamanha mágica, mas, para quem se permite a abertura, ali é uma taberna "beco diagonal", onde a magia e a conexão acontecem.

Ambos sagitarianos os arautos...

Ambos conectados com minha energia.

Ambos afins no signo que, por excelência, marca o acesso às questões do espírito e, sobretudo, da justiça.

Auspícios da Grande Mãe em véspera de Imbolc!

Hey ho para todos e todas!

Amanhã, ápice do Inverno que está caminhando para o fim, Imbolc em fim de tarde!

Ai, como são doces os caminhos da Natureza!

2 comentários:

  1. Olá!!
    Gosto bastante de vir aqui comentar o seu blog, os temas que vc escreve são muito legais e eu sinto que estou sempre aprendendo mais.
    Quando eu descobri que existia uma Deusa e um Deus nesse caminho senti que estava tudo certo, porque dessa forma parece que o Universo entra em equilibrio. É como ter uma mãe e um pai.
    Sei que todas as dividandes são as mesmas, mas parece que ao venerarmos apenas o lado masculino, tudo perde o equlibrio, como se colocássemos mais coisa em apenas um lado da balança. Sem falar que séculos de monoteísmo patriarcal nos afastaram da Natureza e da Mãe, assim temos a errada ilusão de que devemos ser maiores do que a Natureza e dominá-la usando tecnologia.
    Sem falar que a idéia do Deus Critão sempre me pareceu vaga, afinal ele faca longe de todos e fica no julgando, parece até aquele livro "1984 de George Orwell". Acho que se creemos que a Mãe e o Pai estão conosco o tempo todo e que a Natureza é a sua morada vamos aprender a viver em paz com a mesma, em equilibrio e igualdade.
    Afinal é dela que provem o nosso sustento e todo o resto.
    Benção da Grande Mãe e Pai.
    Morgana

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  2. Eu que agradeço seus comentários porque trazem interlocução e aprendizagem para todos e todas nós. A visão de homem e mulher compondo a criação me é mais honesta sob a perspectiva de equilíbrio. Mesmo que consideremos ainda dualidade (como bem e mal etc.) a polarização entre mãe e pai personifica a dignidade da parceria, muito esquecida por milênios de patriarcado. Além disso, trabalha fora do paradigma de culpa - convenhamos, ele nos coloca muito para baixo e, paradoxalmente, ainda nos empurra para fazermos mais e mais lama com nossas escolhas...
    Bençãos...
    Hey ho!

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