sábado, 10 de julho de 2010

Deixando o passado no passado?

Costumo sempre ouvir pessoas dizendo, aos quatro cantos, que "o passado de ser deixado para trás"... Acho de uma evolução muito grande essa assertiva, se não fosse leitora ávida de Nietzsche, para quem boa parte dos enunciados morais são passa de uma abobrinha que algum arrogante definiu a priri, sendo imitado pelos demais, que o legitimam no monopólio de dicção do que é certo, belo ou justo.

O passado não é deixado para trás porque compõe visceralmente as marcas de nossa trajetória. Cada dor, cada amor, em cada atropelo ou êxtase, marcamos indelevelmente a alma de do conteúdo emocional que se revela por trás de cada episódio de nossas vidas.

Passado compõe a linha paradoxalmente a-temporal de nossas vidas, encontrando-se com o aqui e o agora, quando nossos processos internos, emocionais ou afetivos, encontram-se em pleno vapor. Quando reminiscências acendem as fagulhas.

Portanto...olhemos para trás...

2 comentários:

  1. Somos, além de uma vasta coleção de fatores, o que o passado nos permite ser.

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  2. O passado que se sobrepõe ao presente, sempre, sempre, tal qual um rolo de filme (antigo), em que as cenas, lado a lado, também se encontram superpostas...formando um continuum sem tempo, porque sempre existiu...e existe, na repetição das cenas já tantas vezes vistas!

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