domingo, 13 de junho de 2010

Mudar o mundo? Mudemos nossos paradigmas!


Estamos em pleno eixo de mudança de paradigmas...

Se olharmos bem à nossa volta, podemos perceber que o mundo está numa velocidade ímpar de transformações gritantes. A Natureza está enviando seu recado diante das destruições produzidas pela ampliação do capitalismo excludente.

Pandemias espalham-se ao redor do mundo, lembrando-nos que podemos, eventualmente, estar na linha de alcance (dois membros da minha família paterna tiveram a gripe óinc óinc). Crises econômicas fazem os mercados entrarem em retração, ao mesmo tempo em que o dólar sofre queda. O mundo imerso em possibilidades de guerras, porque cessaram as possibilidades de simples CO MU NI CA ÇÃO entre povos que, outrora, eram irmãos.

Pessoas questionando antigos valores de família, outrora alicerçados também na visão pequeno-burguesa de tradicionalismo (tríade pai-mãe-filho), na qual ao homem cabia um papel de provedor, à mulher de vassala doméstica, resignada com a servidão e, aos filhos e às filhas, subserviência pelo temor e não pelo mero amor livre em si.

O ideal "romântico" do séc. XIX está em franca decomposição, porque não mais nos enxergamos como "a alma gêmea", a única possibilidade do Outro. A ode à "metade da laranja" não mais nos causa mais conforto - ao contrário, causa uma crise invulgar de identidade, porque, perdidos na imensidão do Outro, perdemo-nos de nós mesmos.

Ao contrário, as identidades que se confundem em nubentes que enxergam a si no Outro têm causado um desconforto ímpar, porque, em pleno séc. XXI, não sabemos mais quem somos e, como não sabemos e vivemos o Outro do Outro, perdemos os pés quando enxergamos que, no fundo, perdemos um pouco de nossa identidade no processo.

Amor? Relacionamento? Conceitos pulverizados no ar, porque, outrora alicerçados no ideal Jane Austen de interação, passam pela reformulação conceitual de suas bases. A lógica masculina de dominação da fêmea está em franca queda. Por outro lado, a "devoradora de homens" também não cola mais como modelo de resposta ao masculinismo. Precisamos, todos e todas, de mais espaço, igualdade, respeito e amor.

A imposição no lugar da negociação está com os dias contados no vocabulário do relacionamento em plena "Era de Aquário". Adeus Era de Peixes (intenso sofrimento, sacrifício e dor) e bem-vinda Era de Aquário, na qual as pessoas, sem suas máscaras, podem olhar, umas para as outras e reconhecer a realização do Amor, sem idealizações!

Para quem está se sentindo isolado, só, imerso em vazio, um alento! Isso é apenas um pequeno ajuste da alma para algo que está atrás do arco-íris! Crise? Por que a palavra "crise"desperta tamanha rejeição e tanto medo? Afinal, explosão de carbonos, elétrons, vida, enfim, é a constante caótica do Universo que se expande! Por agora, é bem verdade, mas se expande, sem medo de crescer rumo ao desconhecido!

Não consigo acreditar e, sobretudo, sentir que sejam tempos "tortuosos". Tortuoso ou MA RA VI LHO SO, esse binário compõe a seara do verso de escolhas que temos em relação às lentes com as quais olharemos para dentro de nossas almas nesse interessante processo de pura contemplação! São tempos de profundas transformações para aperfeiçoamento da alma e, por resultado, para o alcance de saltos quânticos monádicos...

Mas, claro, para a mudança acontecer, os pilares antigos precisam ruir e cair, tal qual a torre no tarot de Marselha, que simboliza a queda de estruturas antigas, com rupturas que nem sempre agradam nosso ego que deseja "sempre se dar bem". Acima de tudo, deseja se perder e enganar na ilusão da máscara.

O primeiro passo está à nossa frente!

Primeiro, sentindo desconforto, retiramos o pó que está na máscara, afinal, o ego ainda não está pronto para romper com os condicionamentos antigos que recheavam os conceitos de qualidade de vida, sentimento, dinheiro, relacionamento etc.

Depois, com mais tempo e resignação - sem mencionar a sensação de insatisfação com a vida que criamos para nós dentro da "forma de bolo" - tiramos nossas máscaras - com algumas dores - pois elas aderiram tanto à nossa alma que dá a impressão de termos nascido com ela.

Não nascemos com máscaras! Cultivamo-nas ao longo da vida, tentando nos proteger dessa mesma LINDA vida que está bem à nossa frente para ser experienciada sem medo de perdas!

Quando rompemos, então, o invólucro, um colorido se releva para nós: pessoas se apresentam, possibilidades se colocam bem diante de nossos olhos (antes incrédulos), enfim: a VIDA se apresenta como ela é, resultado de um MARAVILHOSO MILAGRE DE PURO AMOR!

A receita para os "tempos difíceis"? Primeiro, deixar de achar que são difíceis; segundo, deixar, de vez, as máscaras para se apresentar ao Outro nu em pêlo; terceiro, amar anonimamente!

Boa mudança de eixo!

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