quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tempo, tempo, tempo

Quero ser feliz agora, não existe outro senão o tempo do hoje
Tempo? Quanto tempo?
Não sei, já vai tão longe o "tempo" em que
Naquele "tempo", o hoje era a eternidade...
Embalada em seu sorriso entrelaçamos mundos
Perdi-me em seu olhar
Que tempo, meu Deus? Isso lá existe?
Parece que foi ontem o tempo que insiste em me torturar
Não tenho muito tempo
Quem sabe?
Não tenho sequer a próxima respiração
Cada sopro de ar que movo traz mais próxima a destruição
Tempo de dizer "olá", tempo de dizer adeus
Quanto tempo falta para simplesmente marcar na alma
Mais um pouco da profundidade dos olhos
Que, um dia, encontraram os seus?
O chama incauta do imediatismo do devir-que-nunca-vem
Os sonhos que nunca se perfizeram
As palavras que nunca foram ditas
Em quanto tempo, meu Deus, poderei vivê-los?
Sempre, nunca, daqui a pouco ou jamais,
Tanto faz, o tempo, enfim, escolhe
Quanto tempo ainda tem
Para viver o ontem, o hoje e o amanhã
Apenas no aqui e no agora...

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