terça-feira, 25 de maio de 2010

O eDIFÍCIL do sufocante poder da alma

No caos existencial de uma alma liberta de si
Fui à luta para o mundo de ilusão
Forjei na própria pele a ferida de morte
Lacerei minha nobre alma em troca de sorte
buscando no Outro a imensidão
...
Pintei a sombra do rito de guerra, vesti a couraça e me destaquei de mim
para me violentar no Outro, de forma "sincera"
Brandi a espada justiceira da mentira
tracei rascunhos de cor que nunca antes sentira
Enganei a que? Já nem bem me lembro
São tantas lutas que hoje ostento
Perdida em castelos ofuscados de dor
Sufocados pelo ar que nem mais consigo respirar...
...
Falta-me o ar, perdido no edifício de desespero
de tantas outras nobres almas em atropelo
Que vão, esperançosas
No caminho da paz se encontrar...
Longe vai a sinceridade
quando os castelos de poder
nem a si mesmos são capazes de amar...
...
A venda que lampeja a navalha
Não sabe mais da luz a revelar
Perdidos seguimos em nossas histórias
Que a verdade, aquela "verdadeira" verdade
Sequer conseguimos hoje enfrentar...
...
E na sala da navalha de fio cego
A penumbra esconde os sustentáculos do poder infame
Que tal qual abelhas em um irascível enxame
Retira para o Mercador uma libra de carne
O que resta para quem pede um pouco?
Um pedaço, quem sabe, de seu próprio fel
Embalado nos grilhões de um bordel
Onde vendeu a alma, nem sei bem quando...

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