quarta-feira, 26 de maio de 2010

Do que realmente gosto no Direito?


Deitei-me noite passada decidida a matar algumas charadas que estão nocauteando a minha alma, inquietando-me e me fazendo passar por experiências muito inéditas. Como não quero enfrentar as outras, foquei no alvo mais simplista que, por óbvio, como não poderia deixar de ser, foi o Direito.

Matutei, matutei, acordei várias e várias vezes, enfim, dormi e, dormindo, acordei embalada na lucidez dos sonhos, vivenciando neles a resposta à minha angústia interna.

Adoro escrever e, por conta disso, adoro escrever NO Direito. Entrego-me de corpo e alma às peças que produzo, vejo as letras em minha mente e apenas transponho para o papel o vasto continente que brota incessantemente, letra após letra, em velocidade nuclear, para formar os textos.

Eles já estão em minha cabeça. Eles estão sempre pairando sobre mim, inteiros, completos em si.

Minha humanidade ora os alcança e transmuta em verso, ora deles se esquece, pela quantidade que causa assombro em meus dedos, que relutam, dado o desgaste de seus tendões já tão exauridos, em compartilhar com o mundo o que captei no espaço.

Mas não adoro tanto assim os desmembramentos, ou, ainda, sair do claustro semântico que a escrita jurídica traz. Também não gosto de escrever NO Direito por escrever, ato contínuo de automatismo cego.

Antes, gosto de me esvair em idéias e novos planos, para, quem sabe, algum dia, alguém se eternecer de mim e poder me usar para melhorar algo dentro da sociedade. Uau, adoraria de ser usada para o bem de todos!

Se melhorar para uma só pessoa - que seja - de onde eu estiver como poeira carbônica e nitratos - acho que darei um sorriso, pois já terei compartilhado a alegria de promover alguma coisa de útil para essa humanidade...

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