quarta-feira, 21 de abril de 2010

Os sonhos e a psiquê...


Essa noite providencialmente sonhei com água.

Para Jung, os sonhos são uma forma de comunicação do nosso inconsciente não "domado" e moldado pela racionalidade. O retrato mais fiel de nossa alma, bem como de nossa psiquê.

Sonhei - o tempo inteiro - com água, uma água de uma enchente que avassalou Brasília, pois o cenário era o Lago Paranoá. O interessante foi que, no sonho, eu sabia e comentava com uma pessoa (minha professora de yoga) que aquele lago era artificial.

De alguns pontos de imundação, contudo, despontavam partes de pontes. Bem verdade que estavam submersas em boa parte, mas, enfim, brotavam como esperança, em meio ao atordoamento da inundação.

A água estava turva, sem que eu pudesse ver o fundo do lago artificial. Mas, durante o sonho, compreendi e senti que era possível sair dali, o que, de fato, tentei fazer em vários momentos, indo e vindo para alguns pontos secos. Mas, sempre, sempre, estacionava em uma margem que me acenava para a água "suja".

Em outro momento desse sonho providencial, minha amiga Juliana veio ter comigo e, juntas, ficamos à frente da tela do computador. Pasmem, eu tentando me comunicar com os atores de Harry Potter, numa confusão entre eles serem eles mesmos, ou, ainda, Harry Potter e Hermione. O meio de comunicação não poderia ser outro: o que mais desprezo, o Twitter. Eu nunca acessei, sempre achei inútil, mas, naquele momento, eu desejava ardorosamente falar com os atores...

Tenho pensado no sonho.

Volto, reflito.

A água sempre representou para mim o campo das emoções, de modo que suspeito ter o sonho revelado o grande mar de confusão emocional em que posso me encontrar especificamente diante de uma questão. Um mar de emoções "artificiais", tão artificiais quanto a água do Lago Paranoá que mencionei para a professora no sonho.

Encontro-me a desvendar, pois, meu sonho, de emoções truncadas e artificiais, num momento em que a ponte que me leva para o outro lado dessa jornada ainda não me está acessível por meu inconsciente, perdido em meio a tanta sacudidela.

Tempo, somente o tempo...e mais águas, desata vez, claras e límpidas, poderão trazer mais clareza no que pretendo refletir...

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