segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ode ao amor e à solidão


Recai a dor, na intensidade de uma sombra
De lápide fria, num deserto seco
Separa o Sol da Noite
E condena à morte o que, ontem, foi a realização do júbilo
Mordaça causticante
Que esbarra, afoga e afaga
Cada minuto de dor
Abraça como o fiel alento
Da matriz torturada
Intensa
Atolada
Em sua própria morte!


A dor esvai...
Escoa...
Alastra...
Perfura o coração, sem piedade ou compaixão
Tangendo de chaga
O que foi, outrora, o campo sacro do amor infinito
Infinito?
Infinita dor, infinita mágoa, que locupleta
Marca, fere, mata
Raio de Sol que se foi
Nem sei bem quando...


Amor, doce odioso amor,
Retrato findo de retumbante dor
Porta do precipício


Infinitude que dura o esbarrão no ego
Infinitude de apenas se contenta com as horas de paz
Pois as de guerra, as de guerra
Tangem de sombra e dor o que fora
Brilho...

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