sexta-feira, 23 de abril de 2010

A janela dos desesperados: sonhos e rimas das mentes insanas dos misóginos enrustidos

Quantas de nós já não recebemos "juras de amor" de alguém?

No início, dada a reficação, somos as "musas" de algum enamorado ou enamorada poeta que, repleto em si traceja e rascunha linhas de melodiosas poesias. Somos "o ar que se respira", a "vida não tem sentido" sem preenchermos o vazio do outro e outras metáforas que acobertam o auto-extermínio de emotividades beirando o completo desespero existencial, encerradas na pequenez de seu pequeno umbigo fálico (sim, a essa altura, falo para os portadores do falo, pois essa tem sido minha experiência).

Depois que o processo de estelionato emocional completa e compõe o ciclo de violência e o Zorro tira a máscara - melhor, ele não tira (não tem coragem de se expor), ela é abruptamente arrancada do fraudador pela espada da verdade - as juras que outrora digficavam agora tentam, em nível simbólico e subliminar, reverter a polaridade da agressão, tornando o Ser reificado, de repente! Pimba, um Sujeito em Si.

De musas coisificadas somos Algozes vorazes que não sabemos amar e que, segundo os Zorros, precisamos nos amar para amar alguém.

Quem inventou essa ladainha e mentira, por favor, levante a mão, ou, melhor, saia pela porta dos fundos, porque amar não é objeto de apreensão comum e vulgar, que pode espelhar linhas muito pouco elaboradas vindas de quem sempre conheceu apenas a ótica da vitimização, do desamor por si e da raiva enrustida.

Que conselhos podem os misóginos - repletos de raiva -para alguém, quando não sabem de Si?

Muito poucos, melhor calar...

A História está aí para apontar os desacertos dos "homens maravilhosos" que "morreram de amor", não, sem antes, matarem suas musas...

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