sábado, 27 de fevereiro de 2010

Não ter medo de ser só!


Por que a palavra "solidão" assusta tantas pessoas?

Por que existe um medo pairando nosso inconsciente coletivo e, por meio de histórias de Carochinha, que "metade da laranja" e de complementariedade, faz com que não nos arrisquemos a nos descobrir?

"Ser" só é apenas encarar a si, sem a anestesia de vivenciar a vida do outro, sem introjetar a individualidade e a personalidade alheia. É muito saudável "ser" só, porque somente a partir do enfrentamento de si é possível contemplar a alteridade como parte de nossa trajetória.

Existe um discurso perverso embutido na teia do simbólico, principalmente dirigido a nós, mulheres: "precisamos" fervorosamente de um par, um "complemento" e, com isso, o medo de "ser titia" alavanca escolhas feitas no desespero, ao arrepio da tomada de consciência. Escolhas sem consciência acarretam resultados catastróficos, atropelos...

Estar sozinha não é uma situação deplorável (muitas pessoas me perguntam se casei e tive filhos, mas poucas me perguntam o que faço pelo mundo, qual a minha profissionalização), mas, ao contrário, um momento conosco e QUE É SOMENTE NOSSO. Ninguém tem o direito de querer penetrar nos abscônditos recantos de nossa alma.

Se a solidão fosse tida como uma bem-aventurança, os rumos de muitas histórias seriam diferentes! Com certeza!

Nenhum comentário:

Postar um comentário