segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Homo demens

O assunto em cima do qual debrucei-me por toda essa semana relaciona-se a todas as referências a mim como uma pessoa "surtada", ou "louca". Vá lá, até de "excêntrica" já fui chamada, lembrando que excêntrica é quem sai do centro, não é mesmo?

Tudo por conta da desprogramação mental de um mundo de puro lixo e que, às vezes, muitas vezes, tentamos encobrir para que se pareça com algo "bonitinho", apenas para justificar nossa falta de coragem em romper com as limitações que nossa mente tenta impor ao coração. Pronto, essa frase é já o bastante para os que apontam o "surto psicótico" que tomou conta, segundo falam, da minha alma.

De início, preocupava-me... Talvez, hoje, ainda me preocupe com isso - sim, acho que o fato de ficar escrevendo e-mails e postando textos no blog ainda são um claro sinal de inquietação em relação a isso, porque, se realmente desapegada eu estivesse do meu ego que necessita de auto-afirmação, minha face não se modificaria um só centímetro.

E mais: não acharia cansativo e repetitivo ficar falando, o tempo inteiro, o que a palavra "surto" significa para quem, de maneira desavisada, não respeita, de fato, a opção de uma pessoa em simplesmente não querer mais um caminho. Mas, enquanto não entro num consenso com meu ego saltitante, prefiro transformar o sentimento de "bicudo" em texto, a fim de compartilhá-lo com as pessoas.

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