sábado, 19 de setembro de 2009

Quando tudo parece desanimar...


Às vezes olhamos para o lado e queremos nos lançar a um vôo libertário, deixando para trás tudo aquilo que não faz sentido em nossas vidas sempre tão programadas por um "computador universal" chamado ilusão.

Quando ficamos muito tempo na frente de uma televisão sentindo saudade de um não-tempo, de uma não-paisagem bucólica, toca a campainha: é sinal de nossa insatisfação... Liberdade...mas, e as contas ao final do mês?

Engraçado como pensamos e supomos - do alto de nossa arrogância primitiva - que teremos um "final do mês"... Daí, como o final do mês é importante para o pagamento da conta, voltamos nossa atenção para ele, sem, contudo, cuidarmos de nossa próxima RESPIRAÇÃO...

Sim, como sabemos que estaremos vivas e vivos na próxima respiração? Com que futurologia podemos nos arvorar de tamanha pretensão surreal? Não podemos e, dentro disso, enganamo-nos, cada um de nós, com ilusões projetadas...Um devenir que nunca se perfaz, porque, de fato, não há controle...

Somos organismos interligados, de tal sorte, que minha vida está atrelada ao suspiro do meu cão. Talvez, pensando assim, seja mais fácil observar que o imenso calor que está fazendo, juntamente com a extemporânea chuva que nos lava são, na verdade, nossas próprias condutas, que se renovam, o tempo inteiro, nessa espiral incessante chamada vida...

Por que, então, tanto desânimo? Será que o viver no aqui e no agora tem sido tão enfadonho para o ser humano que, no auge do desespero para fugir de si, de nós, lançamo-nos para a frente? Não adianta muito, pois, quando existenete, o "para a frente" é apenas um espelho truncado de um aqui e agora que desejávamos, mas em relação ao qual muito pouco fazemos, a não ser LA MEN TAR, como crianças ególatras, pelos percalços DE NOSSAS ESCOLHAS em teia...

Por que não largamos, então, tudo que nos aborrece e nos limita e simplesmente não nos voltamos para o que verdadeiramente importa?

Talvez porque, no ápice da robotização, nem mesmo sabemos quem somos...e, na histeria da ignorância, somos tudo, menos nós mesmas...

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