domingo, 13 de setembro de 2009

Esse ainda é um mundo dos homens...

Isso é importante, porque, afinal, podemos incorrer na ingenuidade de acreditar que fazemos parte dele em plenitude de igualdade, quando, por um lado, conquistamos; por outro, vamos até onde ainda "nos permitem"...

Por que?

Porque ainda aceitamos os rigores da estética como condição de seletividade, porque ainda nos mutilamos com botox, plástica e horas de ginástica invasiva. Porque, mesmo diante de tanta autonomia, insistimos em alimentar o ego masculino, que ostenta o pedaço de carne...

Toda vez que uma mulher precisa ceder num espaço de negociação, sem, contudo, negociar, acabou-se a igualdade (que nunca existiu) e veio a "complacência" masculina com o feminino.

Cada vez que compramos uma revista de moda, com a modelo gostosona, cada vez que falamos "homens são de Marte, mulheres são de Vênus", enfim, cada vez que usamos o dicurso da diferença, não duvidem, criamos a diferença... E, engraçado, cada vez que, furiosamente partimos para cima do masculino, querendo o reconhecimento, a fórceps, do feminino, também alimentamos a contenda...

A idéia é não termos que pedir "licença, sinhozinho", porque, de fato, ser senhora de si é não fazer pacto, qualquer que seja ele, ainda que sob a escusa de não ficar só... Isso porque, mesmo que o pacto seja feito e, num imediatismo atroz, a sensação de solidão, naquele momento, não venha, o devenir mostra, ao contrário, a solidão em sua maior expressão...

Antes só do que mal acompanhada. Mesmo!

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