quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Femininos e masculinos: a polarização da ilusão

Iludimo-nos, é bem certo, porque, desde sempre, sintetizamos o mundo numa lógica pretensamente ordenada, de natureza cerebral e mental, catalogando tudo e todos, de acordo com juízos antagônicos: sabemos do bom porque contra ele nominamos o mau...sabemos do frio porque o quente a ele se antagoniza - na verdade, antagoniza-se à ilusão de existir o frio, o quente, e tudo...

Feminismos, masculinismos, mesma dialógica da criação antípoda, que limita as possibilidades do Todo.

Preciso usar calça jeans porque a saia é feminina e a calça me coloca em patamar de igualdade???? É isso?

Se uso cabelo comprido, estou na lógica da subserviência de Eva, ou, então, na opressão de Lilith, desterrada para os confins da terra. Se os uso curtos, sou isso, aquilo, e adiante. Sou tudo, menos o que sou, em essência, porque de tão rotulada nessa dilógica imbecil, ninguém mais sabe de si como essência, porque ninguém mais sente "de Si", em si.

Aliás, o si deixou de existir porque o me impera, tangenciando o apelo da contundência bipolar da alma que se fragmentou...NÃO SOMOS PEDAÇOS DE VIDRO...por que, então, comportamo-nos como CACOS? Não seria, pois, uma estratégia para vencer um medo que apenas existe porque o ego está suplicando por um pouco mais de atenção???

O que existe depois? O que existe é o Todo em si, em mi, em todas as melodias, numa sinfonia que poucos, encarnados, sutilmente agregam...

É o se...em si...em mi.

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